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SAÚDE

Atividade física é a melhor forma de controlar os níveis do colesterol

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publicado em 16/08/2017 ás 11h00

Dia de combate ao colesterol elevado, o 6 de agosto trouxe novidades científicas para acabar de vez com bobagens que vez ou outra aparecem na mídias sociais. A Sociedade Brasileira de Cardiologia reafirmou nesta semana em um documento oficial que devemos manter o colesterol controlado em níveis baixos para viver com saúde. Daí a importância da atividade física.

As grandes mudanças ocorreram nos valores das frações do colesterol, onde o ruim, LDL, teve modificado seu valor normal para a faixa de 100 a 130 mg% para as pessoas sem outros fatores de risco para doenças cardiovasculares como diabete, hipertensão arterial, obesidade e sedentarismo.

O colesterol bom, HDL, que transporta o ruim para ser metabolizado no fígado, teve seus níveis de normalidade mudados para acima de 40 mg% tanto para homens como para as mulheres.

Com relação às atividades físicas temos mais novidades. Confirmou-se por dezenas de pesquisas que o maior benefício é o nível do HDL, que deve se elevar depois de 14 semanas de esporte ou exercícios mistos (aeróbicos e anaeróbicos), mas que durem 60 minutos por vez, quatro vezes por semana.

Corredores amadores regulares, principalmente mulheres, depois de um ano de treinos regulares dobraram os níveis do HDL, atingindo a faixa de 80 a 90 mg%, considerados sensacionais. Isso foi constatado nos esportistas e atletas que fazem as avaliações no nosso Serviço CardioEsporte do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia da USP e do Hospital do Coração – HCor.

Só por esse fato detectado nos exames, recomendar exercícios regulares passou a ser obrigação de toda consulta médica.

Pessoas que já tiveram algum evento cardiovascular ou intervenção cirúrgica ou angioplastia das coronárias, após um curto período de convalescência, devem iniciar atividades físicas regulares como, por exemplo, as recomendadas corridas e trotes que não têm o risco dos contatos e traumas esportivos, e baixar os níveis de colesterol ruim, o LDL, com medicação específica até atingir o valor próximo a 50 mg%.

Existem problemas de colesterol cuja causa é a herança familiar e, nestes casos, além da atividade física regular foi produzida uma nova medicação por injeções mensais com resultados brilhantes em baixar o colesterol indesejável. Além disso, o consumo de gorduras saturadas, segundo novas pesquisas, para a imensa maioria das pessoas que já tem colesterol elevado representa 20% dos valores do colesterol medido.

Sem terrorismo alimentares, siga o bom senso de evitar quando possível esse consumo de gorduras. Vez ou outra não vai causar danos futuros. O certo é consultar um nutricionista clínico e não ir atrás de curiosos que indicam suco de limão, suco de berinjela e outras inverdades para baixar seus níveis de colesterol ruim. São apenas alimentos saudáveis e não são medicações. Não caia no erro de não valorizar o colesterol elevado, sua saúde futura depende muito dos níveis normais.

Globo Esporte