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Mais de 40% dos atletas admitem usar doping

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publicado em 29/08/2017 ás 17h48
atualizado em 30/08/2017 ás 08h45

Estudos realizados sob sigilo indicaram que mais de 40% dos atletas fazem uso de substâncias proibidas, segundo apontaram os estudos de uma pesquisa encomendada pela “Springer”, editora detentora de revistas científicas.

Os estudos avaliaram 2.167 atletas em dois eventos esportivos: o Mundial de Atletismo de Daegu, na Coreia do Sul, em 2011, e Jogos Pan-Árabes em Doha, no Catar, em dezembro do mesmo ano.

Para estimar o predomínio do doping, foi usada a “técnica da resposta aleatória”, o que garante o anonimato aos indivíduos ao responder a uma pergunta delicada. A pesquisa, sob sigilo, também incluiu uma pergunta de controle quanto ao uso de suplemento ao longo do último ano.

A pesquisa conclui que o doping é bastante difundido entre os atletas de elite e permanece largamente mascarado, apesar dos testes biológicos de ponta realizados atualmente. A técnica de pesquisa apresentada nos estudos da “Springer” permitirá a futuros pesquisadores detectar uma maior preponderância do doping.

Anualmente, a Agência Mundial Antidoping (WADA) realiza milhares de exames de sangue e urina para detectar a presença de substâncias proibidas nos atletas. Deste montante, apenas uma parcela mínima, de 1% a 2%, testa positivo. As medidas de prevenção através do passaporte biológico flagram 14%, contudo, tais exames não conseguem identificar as técnicas mais elaboradas e de ponta dos dias de hoje.

A prevalência estimada de doping no ano passado foi de 43,6% (a exatidão da pesquisa é de 95%). O uso de suplementos foi feito por 70,1% dos atletas. As análises de sensibilidade dos testes em diversos cenários hipotéticos de descumprimento intencional ou não intencional por parte dos indivíduos, indicaram ser improvável se ter superestimado a verdadeira prevalência de doping.

A verdadeira prevalência de doping permanece desconhecida na maioria dos casos.

GE