João Pessoa, 17 de dezembro de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Em dois anos o Flamengo aumentou a folha mensal do futebol de R$ 8 para 11 milhões. Agora, pisa no freio. Com os resultados abaixo da expectativa em 2016 e 2017, a diretoria decidiu congelar novos investimentos e cobrar do departamento de futebol melhor desempenho, mesmo com um resultado financeiro importante — o clube fechou a temporada pela primeira vez com patrimônio líquido positivo, de R$ 38 milhões.
Para a próxima temporada, o diretor executivo Rodrigo Caetano precisará trabalhar com os recursos disponíveis e ajustar o elenco utilizando as próprias peças. Ou seja, vai contratar se vender ou emprestar os jogadores do clube. A ideia é ter mais eficácia no planejamento do que esse ano.
Vice-presidente de Planejamento do clube, Pedro Almeida explica o que a diretoria determinou para o ano que vem:
“Resolvemos fazer com que o futebol performe nesse patamar que chegou. E que caso queira gastar que gere receita com vendas ou desonerações. É uma mensagem importante. Pois obriga o futebol a tomar decisões e priorizar” analisou o dirigente.
Para colocar mais dinheiro no futebol, o clube poderia se endividar mais. Em 2017, a dívida caiu R$ 70 milhões e termina o ano em R$ 342 milhões. Deste montante, R$ 278 milhões de dívida fiscal, R$ 41 milhões de empréstimo bancários e R$ 23 milhões de outras fontes.
Dessa forma outra saída seria cortar investimentos no Centro de Treinamento e Esportes Olímpicos. Nada disso. Como em 2018 o clube ainda precisa pagar por contratações, a cobrança é por mais desempenho.
“A despesa ao mês está entre as maiores do Brasil. Fizemos investimentos e subimos muito a folha de futebol. A cobrança está muito forte. Esse ano ficou abaixo da expectativa”, confessou Almeida.
Extra
OPINIÃO - 22/11/2024