João Pessoa, 20 de fevereiro de 2018 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Cercada de críticas, a vida da transexual Tiffany, a primeira a atuar na Superliga feminina de vôlei, tem sido complicada em seu primeiro ano. Mas as declarações da bicampeã olímpica Thaísa podem amenizar o ano turbulento da jogadora.
“Não cabe a mim falar, se acho que deve ou não deve. Não tenho que achar nada, não sou eu que defino nada, não estudei para isso e não estou ali para julgar e dizer se pode ou não pode”, afirmou Thaísa, sobre o caso.
Ela ainda completa: “Tem que ver o lado humano da Tifanny, ela é uma jogadora como eu e tenho de dar força para ela. Tem que correr atrás dos seus sonhos e se amanhã as pessoas que decidem falarem que não pode mais jogar, vou apoiar da mesma forma. Estou aqui para jogar vôlei, não para discutir se pode ou não pode. Preciso dar o meu melhor para tentar parar e defender ela nos jogos”.
Tiffany, que tem os níveis de testosterona controlados pelas federações, para poder jogar, é a maior pontuadora da competição em uma só partida, ao lado de Tandara, com 39 pontos.
“Ela é tão forte quanto a Tandara. As duas têm grande pontuação alta porque recebem 80% das bolas do time. Não podemos focar apenas no número de pontos que elas fazem, mas também no número de bolas que recebem. Sou amiga dela, conversamos muito e temos uma amizade absurda. A Tifanny é uma pessoa muito doce, que quero muito o bem e que esteja do meu lado. Sempre darei força para que ela seja feliz, porque merece muito”, disse ao GloboEsporte.
Assim que iniciou a temporada, a presença de Tiffany foi questionada. Entre as críticas, a ex-atleta Ana Paula:
“Muitas jogadoras não vão se pronunciar com medo da injusta patrulha, mas a maioria não acha justo uma trans jogar com as mulheres. E não é. Corpo foi construído com testosterona durante a vida toda. Não é preconceito, é fisiologia. Por que não então uma seleção feminina só com trans? Imbatível!”.
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OPINIÃO - 22/11/2024