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Tite admite atletas pouco escalados na Copa do Mundo

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publicado em 26/03/2018 ás 17h24

Mais uma vez ao lado do auxiliar Cleber Xavier, cuja presença serve para simbolizar o trabalho em equipe, Tite deu entrevista coletiva no estádio Olímpico, em Berlim, depois do último treino antes de enfrentar a Alemanha.

Ele reforçou a importância de reencontrar o algoz de quatro anos atrás e foi questionado sobre os constantes elogios que o Brasil tem recebido dos anfitriões.

Horas antes, um jornalista perguntou a Joachim Löw, comandante da Alemanha há 12 anos, que conselho ele daria a Tite. O técnico respondeu que o brasileiro não precisava de conselhos.

– Gostaria de ouvir porque o Tite precisa, é incompleto, tem uma série de defeitos, é ansioso, muda o semblante, fica mais concentrado. Mas também sabe administrar. Tenho o agradecimento a um monte de atletas e clubes que me deram oportunidade de estar aqui. Mas preciso bastante da parceria da comissão, das relações. Ele (Löw) foi simpático comigo – disse Tite.

Ele e Cleber também deixaram claro que atletas com poucos minutos de jogos na Seleção poderão estar na Copa do Mundo, em razão das valiosas conclusões tiradas nos treinamentos. O auxiliar, inclusive, foi claro ao separar a trajetória da comissão técnica em três etapas.

– Com certeza alguns jogadores irão à Copa com pouca minutagem. Até porque, encerrado o jogo contra a Alemanha, as observações vão continuar. Fizemos uma equipe para classificar, outra para crescer nos amistosos, e agora estamos nesse processo – afirmou.

Veja outras respostas de Tite:

Folga dada pela Alemanha a alguns titulares
– É a última campeã mundial e da Copa das Confederações. Uma equipe mesclando e fazendo ajustes com atletas desse nível. Para mim, folga não serve. É preparação, às vezes com o Renato (Augusto), outras com Douglas Costa. Jogar sem Neymar, com Fernandinho, mas no mesmo sistema, com características diferentes. É aproveitar e ter oportunidade da equipe se consolidar e crescer.

Daniel Alves capitão (frase do auxiliar Cleber Xavier)
– Daniel é um dos líderes da equipe, um líder mais participativo, tem exemplos de vida pelas conquistas que teve. Essa passagem por grandes equipes é importante. O Daniel jogou com o Sylvinho, um dos nossos auxiliares, no Barcelona. O Coutinho chegando ao Barcelona agora conversa com o Daniel. É importante na formação do grupo. O Daniel tem experiência e passa aos mais jovens.

Objetivo contra a Alemanha
– Jogar em alto nível, buscar a proposta com imposição, de forma leal. Tentar traduzir em desempenho, procurar ser melhor, contundente, agressivo. Por vezes o futebol não transforma desempenho em resultado, mas o processo nós podemos conduzir. Desempenho nós temos condição de controlar, é de nossa responsabilidade. Coletivo, técnico, físico, mentalmente saber suportar a pressão de vir para um jogo importante, onde se sentem constrangidos em falar do 7×1, talvez por respeito.

Necessidade de fazer escolhas com poucos treinos e jogos
– A realidade da seleção brasileira faz com que tu te reajuste, reinvente, algumas realidades acontecem. Por vezes, no clube, um atleta não está num bom momento e tu coloca o outro. Aqui estão todos num bom momento, joga o melhor. O diagnóstico e a rapidez maior da execução. Normalmente dou três oportunidades no clube, na Seleção não dá. Por isso trago uma comissão técnica com olhos diferentes. A decisão é do técnico, mas com uma comissão forte.

7×1
– Foi falado bastante sobre o momento, da equipe forte da Alemanha, confiança alta, em competir de forma leal, vencer o Brasil com o placar dilatado e nós aplaudirmos e reconhecermos. Isso mostrou a grandeza do esporte. Teve a qualidade, um dia emblemático, prefiro ver a qualidade do que outra situação.

– O sentimento de frustração todos nós tivemos, humanamente é inevitável. Ficamos chateados e vocês foram melhores. Encaramos de forma verdadeira, como as coisas têm que ser.

Brigas por posições
– Há disputas dentro da equipe. Ederson está crescendo muito e botando pressão em alto nível com Alisson. O terceiro está aberto. Os três zagueiros, um é melhor do que o outro. Marquinhos, Thiago e Miranda. Há uma briga por titularidade e um fio de cabelo pode determinar. Fernandinho no setor de meio-campo como um articulador, construtor, porque tem características para tal, vai competir com Paulinho, que compete com Casemiro, com Coutinho por dentro. Willian com Coutinho e Neymar, botando pressão.

Presença de Cleber Xavier ao seu lado na coletiva
– Por trás de um grande técnico, de um grande trabalho, existe uma grande equipe. O Cleber aqui representa o Fernando (Lázaro), Matheus (Bachi), Sylvinho, Thomaz (Araújo), Maurício (Dulac), uma comissão técnica que trabalha bola parada, interpreta números, dá movimentos. As pessoas por vezes não têm dimensão do quanto o trabalho no futebol evoluiu. O simbolismo disso é trabalho de equipe.

Philippe Coutinho
– Falar do Coutinho… Que característica tu acha importante num atleta? Ele tem. Outra? Ele tem. O conjunto da obra Coutinho é muito forte. Tem passe, competitividade, finalização de média distância, rapidez de raciocínio e execução, assistência, e agora uma maturidade maior, que também é importante.

– Ele e o Willian entenderam que são protagonistas em termos ofensivos. O Douglas Costa está assimilando isso, o Firmino está buscando para chancelar o que tem feito no Liverpool. É o agressivo, ir para o gol, não tocar para o lado.

Veja as informações de Brasil e Alemanha para o jogão:

  • Local: estádio Olímpico, em Berlim (ALE);
  • Data e horário: terça-feira, às 15h45 (de Brasília);
  • Escalação do Brasil: Alisson, Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro; Fernandinho, Paulinho, Willian e Coutinho; Gabriel Jesus;
  • Desfalques brasileiros: Neymar (fratura no quinto metatarso do pé direito), Filipe Luís (fratura na fíbula da perna esquerda) e Alex Sandro (lesão muscular na coxa direita);
  • Provável escalação da Alemanha: Leno (Trapp), Rüdiger, Boateng e Ginter; Kimmich, Gündogan, Khedira (Goretzka) e Plattenhardt; Stindl, Werner e Sané;
  • Desfalques alemães: Neuer (em recuperação de cirurgia no pé esquerdo), Müller e Özil (poupados) e Emre Can (dores nas costas);
  • Arbitragem: Jonas Eriksson (SUE), auxiliado por Mathias Klasenius e Daniel Wärnmark (ambos da Suécia);

GE

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