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Ursula Haverbeck

‘Avó nazista’ que negou o Holocausto é encontrada

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publicado em 07/05/2018 ás 14h09

A polícia alemã localizou e prendeu nesta segunda-feira (7) uma figura do negacionismo alemão, Ursula Haverbeck, de 88 anos de idade e conhecida como a “avó nazista”, depois que ela não se apresentou para cumprir uma sentença de prisão.

“A condenada não compareceu ao término do prazo legal para iniciar sua sentença de detenção, então o escritório do procurador de Verden (norte) emitiu um mandado de prisão em 4 de maio de 2018”, declarou a procuradoria em um comunicado antes do anúncio da prisão.

A idosa foi localizada nesta segunda em sua residência em Vlotho, segundo a agência de notícias DPA. Ela foi detida e levada imediatamente à prisão.

Haverbeck, condenada oito vezes por suas declarações negacionistas, deve cumprir uma pena total de dois anos de prisão. Ela deveria ter se apresentado para ser presa em 23 de abril.

Sua última sentença, a seis meses de prisão, foi pronunciada em outubro passado. Haverbeck foi punida por ter declarado em janeiro de 2016 que o genocídio de judeus pelos nazistas não existiu e que nunca houve câmaras de gás em Auschwitz.

Haverbeck também foi condenada em 2015 por ter dito que o Holocausto foi “a maior mentira” da história. Até agora, a “avó nazista” não passou um único dia atrás das grades.

‘Revisionismo histórico’

Em seu site, Ursula Haverbeck aparece como “representante do revisionismo histórico” e se orgulha de ser uma “intrépida combatente pela verdade”.

Ela foi casada com Werner Georg Haverbeck, um militante de extrema-direita que morreu em 1999, com o qual havia fundado um suposto estabelecimento de ensino conhecido como um covil de negacionistas. O centro foi banido em 2008.

Aproximadamente 1,1 milhão de pessoas, incluindo um milhão de judeus, morreram entre 1940 e 1945 apenas no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. No total, seis milhões de judeus foram exterminados pelos nazistas.

G1