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Vitor Belfort confessa: “Não acordei do pesadelo ainda”

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publicado em 18/05/2018 ás 17h27
atualizado em 18/05/2018 ás 17h33

O último sábado apresentou o último capítulo da jornada de Vitor Belfort no UFC como lutador, e terminou de forma nada agradável: um nocaute fulminante sofrido nas mãos – ou melhor, ao pé – de Lyoto Machida. Pouco menos de uma semana depois da luta, o “Fenômeno” do MMA está seguindo adiante com sua vida, tentando rir do próprio infortúnio (“É pra dar risada mesmo, foi o que eu falei: dizem que o raio não cai no mesmo lugar duas vezes; no meu caso, caiu”), mas confessa que ainda está processando a derrota.

– Parece que não acordei do pesadelo ainda não, mas muitas vezes a gente tem que seguir adiante, não tem jeito. Temos que a cada dia acordar e tentar compreender, e mudar o que você pode mudar, né – disse, sincero, Vitor Belfort ao Giro Combate, via Skype, direto de Nova York, onde está descansando com a família e negociando a expansão de sua linha de academias.

Foi a última luta no contrato de Belfort com o UFC, e o próprio declarou muitas vezes que esta seria também sua última luta de MMA profissional. Contudo, Vitor admite que, após deixar suas luvas no octógono sinalizando sua aposentadoria, ele ainda não está “resolvido” com sua carreira como atleta.

– Pra te falar a verdade, eu estava tão preparado para esta luta… Aconteceram algumas coisas no camp que até vazaram aí (a lesão no joelho). É muito ruim não terminar da maneira que a gente queria. Eu não lutei, não consegui lutar, estou em forma, parece que eu… É frustrante, não o fato de não terminar como eu queria, mas estar tão preparado e não colocar em prática o que a gente preparou. A preparação física estava em alta performance, dava para lutar cinco rounds, mas é isso. Fica um gostinho com certeza que… Ainda estou processando tudo, não consigo me ver assim, “Ah, agora vamos (adiante)”, não consigo. Tem algo dentro de mim que ainda não foi solucionado, que é o lutador. E aí? Ainda tenho conversado com ele, tem muitas coisas acontecendo. Agora é cuidar dos meus negócios, fazer algumas coisas, mas esse lado lutador, ainda estou conversando com esse lutador Vitor Belfort para ver qual é o desfecho disso tudo – revelou.

Isso não significa que o “Fenômeno” vai com certeza retornar ao MMA em outra organização. Belfort garante que não tem pensado ainda nisso – diz que precisa “dar um tempo” para o lutador e se focar nos negócios e na família – mas está animado com as notícias de que Chuck Liddell e Tito Ortiz, seus contemporâneos no esporte, estão negociando um retorno ao cage para se enfrentarem.

– Creio que tudo que tenho falado tem estimulado e o mercado está se abrindo para eles. Está para sair a luta do Chuck Liddell com o Tito Ortiz, já ouvi falar que o Dan Henderson lutaria de novo. Agora, como a gente faz pra que essas lendas voltem e a gente tenha cuidado com eles? Qual o tipo de regras? Qual a deficiência que essas pessoas tem que podem acontecer de novo, que podem trazer eles de volta, mas com saúde? Estou mais preocupado em termos da saúde. O Vitor atleta, hoje, eu quero me cuidar, preciso cuidar dessa lesão que eu tive, preciso parar e pensar.

Um combate que Vitor Belfort já pensa em fazer, porém, é a revanche no jiu-jítsu sugerido por Jon Jones, outro ex-campeão peso-meio-pesado do UFC, numa homenagem ao brasileiro nas redes sociais. O “Fenômeno” ficou honrado com a proposta e garantiu já ter promotores interessados.