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Sem jogo fácil: times talentosos e campeões estão na rota do hexa

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publicado em 29/06/2018 ás 10h07
atualizado em 29/06/2018 ás 10h39

Depois de uma fase de grupos relativamente tranquila, o Brasil não terá vida fácil no mata-mata da Copa do Mundo. Se passar pelo México de Juan Carlos Osorio nas oitavas de final, segunda-feira, tudo indica que a tarefa será dura já nas quartas, quando deve ter pela frente a Bélgica, dona do melhor ataque da primeira fase.

O desequilibrado chaveamento traz ainda a certeza de um grande clássico na semifinal, já que o possível adversário seria França, Argentina, Portugal ou Uruguai.

Na final, é inevitável apostar na presença da Espanha, por mais que o time não tenha provado toda a sua força até agora. Os campeões mundiais de 2010 são muito mais fortes que seus companheiros de chave — Rússia, Croácia, Dinamarca, Suécia, Suíça, Colômbia e Inglaterra. Abaixo, a simulação do caminho mais provável para a seleção brasileira na corrida pelo hexa.

Oitavas – México: marcação alta e movimentação

A imprevisibilidade das escalações de Juan Carlos Osorio é tamanha que há quem diga que o padrão do treinador é não ter padrão. Maldade: não é bem assim. Ele gosta de usar o 4-3-3 e o 3-4-3. Em ambos, opta pela marcação alta, uma maneira de minimizar os riscos de uma defesa que frequentemente se atrapalha no posicionamento quando decide apoiar o ataque, mas confia nas atuações do goleiro Ochoa. Na frente, a movimentação de Lozano, Chicharito Hernández (foto) e Carlos Vela vai exigir atenção constante da defesa brasileira.

Quartas – Bélgica: a tal geração é ótima mesmo?

Dona do melhor ataque da primeira fase, com nove gols marcados, a Bélgica não deve ter problemas para despachar o Japão. Sob o comando de Roberto Martínez, o time amadureceu muito em relação à Copa de 2014, quando perdeu para a Argentina nas quartas de final. Do meio para a frente, não falta talento, com Witsel, De Bruyne (foto), Eden Hazard, Mertens e Lukaku. Mas a defesa peca pelo entrosamento e não mostrou segurança contra Panamá e Tunísia. Imagina quando tiver Neymar, Coutinho e companhia pela frente.

Semi – França: talentosa ou burocrática?

Futebol é um esporte imprevisível, e jamais poderemos ignorar a genialidade dos craques Messi e Cristiano Ronaldo nem a letalidade da dupla Suárez e Cavani. Mas é fato que, nesta chave, a França tem o elenco mais equilibrado, unindo a experiência de Lloris, Varane e Kanté com o talento de Pogba, Griezmann e Mbappé (foto). Basta saber até onde esse time pode chegar, e como os mais jovens lidariam com a pressão de jogos decisivos. Em um grupo fácil, não mostrou todo o seu potencial, com atuações burocráticas. Mas é a aposta mais segura

Final – Espanha: caminho fácil para a decisão

A Espanha chega às oitavas de final menos favorita do que nas semanas que antecediam a Copa. A troca de treinador dois dias antes da estreia pode ter afetado seu desempenho: os comandados de Hierro só venceram o Irã, por 1 a 0, e empataram com Portugal e Marrocos. Não encantaram. Ainda assim, o elenco é recheado de estrelas, como Iniesta, e o estilo de jogo, baseado na posse de bola, segue vivo. Os espanhóis terão, teoricamente, um caminho tranquilo até a decisão, o que pode permitir ao time ganhar corpo necessário para dar trabalho numa possível final.

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