João Pessoa, 28 de setembro de 2018 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Adélio Bispo de Oliveira, agressor do candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), foi indiciado por prática de atentado pessoal por inconformismo político, crime previsto na Lei de Segurança Nacional. O inquérito da Polícia Federal (PF), ao qual a TV Globo teve acesso com exclusividade e que foi concluído nesta sexta-feira (28), afirma que ele agiu sozinho no momento do ataque e que a motivação “foi indubitavelmente política”. Um segundo inquérito foi aberto para dar continuidade às apurações.
“No que tange à participação ou coautoria no local do evento, a partir de evidência colhidas, descarta-se o envolvimento de terceiros”, diz o inquérito.
O ataque contra Bolsonaro aconteceu no dia 6 de setembro, quando o presidenciável participava de um ato de campanha, em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais. O suspeito foi preso em flagrante logo após o atentando e confessou a autoria do crime nas três ocasiões em que foi ouvido pela PF.
Foram verificados mais de 250 gigabytes de informações em mídias, incluindo dados de celulares e do notebook do suspeito, assim como cerca de 600 documentos. A PF ainda teve acesso a mais de 6 mil mensagens instantâneas e 1.060 e-mails, que seguirão sendo analisados no segundo inquérito. Ainda há necessidade de novas quebras de, pelo menos, outros seis e-mails e três telefones usados pelo investigado.
G1
OPINIÃO - 22/11/2024