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mesmo com superávit

COF reprova contas do Palmeiras pelo 8º mês seguido

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publicado em 30/10/2018 ás 19h48
Maurício Galiotte durante coletiva do Palmeiras, em fevereiro de 2017 Cesar Greco/Ag Palmeiras

Em reunião na noite da última segunda-feira, o COF (Conselho de Orientação Fiscal) reprovou as contas de agosto do Palmeiras, apesar dos números mostrarem um superávit de R$ 4,4 milhões no mês e um acumulado positivo de R$ 44,6 milhões na temporada até agora.

Foi o 8º mês seguido que as contas foram reprovadas pelos membros do COF.

Os números apresentados foram os seguintes:

Contas Do Palmeiras Em Agosto

QUESITO VALOR

Superávit em agosto R$ 4,4 milhões
Superávit acumulado até agosto R$ 44,6 milhões
Receita em agosto R$ 67,9 milhões
Receita acumulada até agosto R$ 496,8 milhões
Patrimônio líquido positivo R$ 74 milhões

Membros da situação ouvidos pela reportagem veem a reprovação como manobra política do grupo de oposição comandado por Mustafá Contursi, que ainda exerce muito pode no COF, apesar de vir perdendo força política no clube há alguns anos.

Na visão dos apoiadores de Maurício Galiotte, o atual presidente, não há motivo para reprovar contas que mostram apenas valores positivos.

Os conselheiros ainda apontam motivos eleitorais para o “não” dado aos números de agosto, já que a chapa da oposição na próxima eleição do Verdão, marcada para 24 de novembro, é apoiada nos bastidores por Contursi.

O grupo do opositor Genaro Marino ainda conta com suporte de Paulo Nobre, ex-presidente do Palmeiras, enquanto a chapa de Galiotte é apoiada principalmente por Leila Pereira, dona da Crefisa, e por Seraphim Del Grande, atual presidente do Conselho Deliberativo.

A reprovação das contas, aliás, vem se repetindo desde o início do ano, já que diversos membros do órgão não concordam com os aditivos contratuais assinados entre o clube e a patrocinadora Crefisa.

Na visão dos opositores, Galiotte, deveria ter consultado o Conselho antes da assinatura dos contratos, já que o estatuto do clube diz que um presidente não pode contrair dívida superior a 10% da receita prevista do ano sem antes submeter isso a aprovação.

O atual mandatário, por sua vez, se defende com o argumento de que cada jogador trazido com dinheiro da Crefisa representa um contrato diverso, gerando uma série de dívidas, mas todas menores que 10% da receita prevista.

ESPN