João Pessoa, 21 de agosto de 2014 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
No guia de estréia, Ricardo Coutinho e Cássio Cunha Lima tentaram, cada a um ao seu modo e estratégia, firmar contraponto recíproco. Ricardo tratando o tucano como representante da “velha política” e Cássio carimbando no socialista a marca da “insensibilidade” e ausência de humanidade nos atos de governo.
Cássio abriu sua temporada de programas na televisão encarando os possíveis questionamentos para o rompimento com Ricardo só no ano da eleição. Explicou que, assim como fez com um histórico adversário (Zé Maranhão) ao deixar o governo, garantiu a governabilidade e deixou o debate político para o momento próprio. Expôs um rosário de motivos para não avalizar o saldo da atual gestão.
Ricardo usou depoimento de Eduardo Campos para se apresentar com conceito semelhante ao do ex-governador pernambucano, pregador de um novo jeito de se fazer política. No revide ao conhecido apelo carismático de Cássio, se apresentou bem mais leve com direito até a um pouco usual “muito obrigado” no final de sua fala.
Há um evidente direcionamento estratégico para mostrar o sisudo Ricardo menos arredio. Nos bem elaborados clipes, são constantes as palavras amor, respeito, união e coração, um revide aos estigmas que marcaram o curso de sua administração e que servem de subsídio para o discurso dos adversários.
Se Cássio quis transmitir uma campanha alegre e vibrante com uma chuva de imagens de contato e afago das massas, Ricardo chega tentando se repaginar e puxando pela emoção. O eleitor terá os próximos vinte programas para julgar e comparar as personagens que conhecem com as que aparecem no guia.
*Artigo publicado na coluna do jornalista no Correio da Paraíba, edição do dia 21/08/2014 (quinta-feira).
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