João Pessoa, 10 de dezembro de 2018 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Grande ícone do futebol feminino no Brasil, Marta fez história mais uma vez. A atacante se tornou nesta segunda-feira a primeira mulher a deixar a marca dos pés na Calçada da Fama do Maracanã, depois de ter sido eleita pela Fifa a melhor jogadora do mundo pela sexta vez na carreira.
Marta espera que a homenagem em um dos estádios mais emblemáticos do mundo seja uma forma de incentivar não só o futebol feminino, mas também as mulheres – em quaisquer que sejam seus objetivos:
– É mais uma cerejinha no bolo. Muito feliz por esse reconhecimento, não só meu, mas de todas as meninas e do futebol feminino. Em toda homenagem, a gente fica emocionada, porque é mais um passo à frente. É um incentivo para as mulheres continuarem lutando por espaço em todas as áreas. Fico muito feliz por ser no meu país, considerado o país do futebol.
O molde com os pés de Marta passará a fazer parte do tour no lendário estádio no Rio de Janeiro e ficará em um espaço exclusivo, entitulado “Rainha Marta”. Desta forma, ela se junta a outros astros que contam com o mesmo prestígio dentro do Maracanã, como o Rei Pelé, Garrincha e Zico. Atualmente, a atacante ainda tem um painel em sua homenagem na entrada da tribuna do estádio.
Marta, aos 33 anos, entrou para a história do futebol feminino com os seis prêmios conquistados pelas atuações com a seleção brasileira e em diversos clubes ao redor do mundo. Depois de iniciar a carreira no Vasco, a Rainha passou pela Suécia e Estados Unidos, defendendo agora o Orlando Pride.
Apesar da trajetória de conquistas, a melhor do mundo reconhece os problemas que o futebol feminino enfrenta no Brasil e pede o apoio das autoridades.
– Não só o futebol feminino, mas o esporte em geral. Outros atletas talentosos também passam por muitas dificuldades. Então, só peço em nome do esporte brasileiro que haja mais políticas de incetivo, principalmente nas escolas.
om o Brasil, Marta conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2003 e 2007 e a prata nas Olimpíadas de 2004 e 2008. Ela é a maior artilheira da história da seleção feminina, com 100 gols marcados, e a maior goleadora da Copa do Mundo feminina, com 15 gols. Mas a atacante não quer parar por aqui. Eternizada no Maracanã, já almeja novas conquistas e espera continuar trabalhando com futebol, mesmo que fora dos gramados.
– O próximo (prêmio) é sempre a minha motivação. Sempre querendo continuar e motivar outras meninas. Daqui a cinco, dez anos, eu ainda me vejo envolvida no futebol. Não sei se vou conseguir estar jogando como a Formiga, porque ela é muito especial e única. Mas quero poder ajudar de alguma maneira.
Globo Esporte
NO TRE-PB - 04/09/2024