João Pessoa, 14 de agosto de 2014 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
No trato pessoal, era um sujeito cativante. Irradiava simpatia, simplicidade e humildade. Nas poucas vezes que estivemos juntos, em entrevistas, dava pra sentir que não era um comportamento politicamente premeditado para impressionar e angariar simpatia ou voto. Era da natureza dele.
No encontro seguinte, tempos depois, ele surpreendia. Chamava o recém-conhecido pelo nome e lembrava minúcias pessoais tratadas na conversa anterior. Comigo mesmo, recordou de tratamento que eu confessara interesse. Meses após, brincou com o resultado do que viu. Era alguém que conquistava quem cruzava seu caminho.
Os pernambucanos podem falar com muito mais propriedade das qualidades do homem público, mas o estilo ultrapassou divisas. Tinha vocação para juntar, somar e convergir em torno de projetos. Tanto que conquistou todos os adversários de um pleito que venceu com mais de 80% dos votos.
Em 2014, o discurso de fácil assimilação, a pertinência das propostas e a experiência exitosa de gestão lhe fizeram potencial credor de considerável parcela da população enfadada com o que aí está e à caça de uma terceira via para enriquecer os debates dos rumos do Brasil.
Para o Nordeste, um conhecimento profundo dos problemas e sempre uma palavra precisa na construção das alternativas capazes de fazer a região finalmente ganhar respeito e desenvolvimento proporcionais ao seu tamanho geográfico e sua importância cultural.
Pernambuco perdeu um filho ilustre. O Nordeste, a esperança de voltar a ter a sensibilidade de um nordestino resgatando sonhos. O Brasil, um dos mais talentosos políticos de sua geração. E eu… O meu candidato a presidente!
*Artigo publicado na coluna do jornalista no Correio da Paraíba, edição do dia 14/08/2014 (quinta-feira)
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