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Fabinho espera que boa fase crie novas chances na Seleção

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publicado em 17/12/2018 ás 18h55
atualizado em 17/12/2018 ás 18h59
Fabinho espera que boa fase no Liverpool crie mais chances na Seleção — Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Autor da assistência do gol de Mané, o primeiro da vitória do Liverpool por 3 a 1 sobre o Manchester United, o volante Fabinho desbancou até Shaqiri, que marcou ou outros dois gols dos Reds, para ser eleito o homem da partida (Man of the match) – em votação pelo clube no Twitter. E o brasileiro concordou, mas só até a página dois: classificou seu desempenho como um dos melhores pelo clube, mas dividiu os méritos com os companheiros, principalmente com o atacante suíço.

– Foi uma atuação coletiva muito boa. Não sei se fui o melhor (em campo), mas fiquei muito feliz com a minha atuação. Uma das melhores, ou a melhor, desde que eu cheguei no Liverpool. Mas não tem como não citar o Shaqiri, que entrou quando o jogo estava empatado e marcou os dois gols da vitória – disse o brasileiro, em entrevista.


Mas o volante de 25 anos não está feliz “apenas” com a boa atuação no clássico. A assistência – a primeira com a camisa do Liverpool (em 13 partidas) -, a boa temporada dos Reds e o peso de jogar no futebol inglês fazem Fabinho sonhar com voos mais altos e novas oportunidades na Seleção Brasileira.

– Fui muito feliz no Monaco, mas sentia que era o momento de viver novos ares, dar um passo a mais. O Liverpool é um clube gigante, que luta por todos os títulos que disputa. A visibilidade do futebol inglês é enorme. Quero seguir trabalhando, ajudando o clube. E que assim as oportunidades na Seleção continuem aparecendo. Ano que vem já tem Copa América. E, mais futuramente, Copa do Mundo.

Fabinho foi convocado para os últimos quatro amitosos do Brasil e chegou a ser titular nas vitórias por 2 a 0 sobre Estados Unidos e Arábia Saudita, mas como lateral-direito, sua posição de origem. Aproveitado no meio-campo pelo técnico Klopp, ele não vê essa mudança como algo negativo. Pelo contrário.

– É verdade que eu tenho atuado como meia (no Liverpool), mas são duas posições que tenho facilidade. Para mim, é um ponto importante: saber jogar como meia ou como lateral. Sempre disse que não tenho preferência. Nas duas posições, posso aparecer no ataque. Independentemente de onde, jogar bem é o mais importante.

Líder do Campeonato Inglês, com 45 pontos, o Liverpool conheceu nesta segunda-feira seu adversário nas oitavas de final da Liga dos Campeões. Por sorteio realizado pela Uefa, o confronto será diante do Bayern de Munique, pentacampeão da competição – assim como os Reds. O brasileiro prevê dificuldade, mas não acredita em favoritismo de um dos lados.

– Já sabíamos que, como classificamos em segundo lugar, só teríamos adversário difícil pela frente. Mas são duas equipes com história na competição. O Bayern é um adversário muito forte, considerado um dos favoritos, mas Champions nunca tem jogo fácil. O jogo é só em fevereiro. Até lá, vamos nos preparar da melhor maneira. Acredito que, quem passar, tem chances de chegar até a final. Espero que seja o Liverpool.

Confira os outros trechos da entrevista com Fabinho:

Clássico contra o Manchester United

– Achei diferente (jogar contra eles). Durante a semana, dei algumas entrevistas por aqui, e todos falavam sobre a importância do clássico. Eu tinha ideia, mas deu para sentir em campo. Já tinha jogado contra o Everton, mas a rivalidade é ainda maior contra o United. Cidades vizinhas, dois dos maiores vencedores ingleses… E ainda tinha o fato que o Liverpool não ganhava deles há muito tempo (encerrou uma seca de oito jogos sem vitória).

Falha do Alisson no gol de Lingard, do United

– Lance normal de jogo. Quando entramos no vestiário, até conversamos, mas nem foquei nesse assunto. Ele que veio comentar, mas eu falei “não, mano, deixa isso para lá”. Esses lances sempre vão acontecer. E o que a gente vai falar do Alisson? Ele foi muito importante na nossa classificação para as oitavas de final da Champions, dias antes. Sem dúvidas, é o melhor goleiro do Campeonato Inglês. Passa muita confiança.

Relação com o elenco e proximidade com os brasileiros

– O elenco é todo gente boa. Quando cheguei, os ingleses sabiam que eu não dominava muito a língua, mas, mesmo assim, tentavam dar um jeito de se comunicar. Faziam alguns gestos, tentavam umas palavras em espanhol. Na época, o Firmino estava com a Seleção, se preparando para a Copa, mas a gente já tinha conversado, ele me tratou muito bem. Depois, quando o Alisson chegou, melhorou ainda mais. É bom ter gente do nosso país, que fala a nossa língua, a gente fica mais à vontade. O Alberto Moreno (espanhol) também foi um cara que me ajudou bastante.

Primeira assistência com a camisa do Liverpool

– É um lance que sempre tento aperfeiçoar, treinar. Recebo muita bola de frente (para o gol), numa posição que, normalmente, a defesa adversária está fazendo o movimento de saída, e os nossos atacantes de entrada. Vi o Mané fazendo o sinalzinho com a mão e lancei. Foi um bom passe.

O Liverpool de Fabinho volta a campo na próxima sexta-feira (22), às 18h (de Brasília), para enfrentar o Wolverhampton, no estádio Molineux.

Globo Esporte