Quem eventualmente não adota, por uma razão particular, o candidato, encontra motivos para tirar o chapéu para o senador. Eleições à parte, Vital do Rêgo tem se agigantado na representação da Paraíba no Senado da República. Quanto mais o tempo passa, mais amealha prestígio pessoal, político e esbanja energia na sua missão.

Basta ver que em 24 horas, ele traz dois ministros à Paraíba, mesmo mergulhado no tsunami de responsabilidades da inflamável CPI da Petrobrás. Ontem, foi Francisco Teixeira, da Integração Nacional, que visitou trecho da transposição do São Francisco. Hoje, Vinicius Lajes, do Turismo, cumpre agenda em João Pessoa.

Presenças que podem ser minimizadas ao viés de reforço político à candidatura do senador ao governo. De fato, a pauta política entra como ingrediente nesse caldo, mas as visitas também cumprem caráter administrativo importante e que não pode ser menosprezado e nem desconhecido.

Ao ir ao trecho da transposição, Teixeira sente o drama da pressa que a Paraíba nutre pela conclusão da obra. Vivendo ainda os efeitos da pior seca dos últimos 50 anos, os paraibanos esperam com ansiedade e lata d’água na cabeça o final do projeto iniciado ainda no governo Lula. No convite, uma intrínseca cobrança.

Em relação ao ministro do Turismo, a visita é oportuníssima. Cabedelo, dona de um dos pontos turísticos mundialmente conhecidos, o Pôr do Sol do Jacaré, vive um impasse a carecer de solução consensual. Ninguém melhor que um ministro de Estado para interceder, promover o diálogo e apontar saídas. E ele entrará nesse debate.

Nos dois casos, o senador do PMDB deu uma contribuição vital, para não perder o trocadilho. Por isso, reconhecer seu desempenho acima da média é, antes de elogio, uma questão de justiça.

*Artigo publicado na coluna do jornalista no Correio da Paraíba, edição do dia 08/08/2014 (sexta-feira).

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB