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A ansiedade é considerada um dos grandes males do século XXI, já que atinge cada vez mais pessoas de todas as idades e condições sociais. Entre os universitários, o transtorno é ainda mais recorrente, já que as rotinas de estudos, provas e apresentações pode ser altamente estressante para os alunos. Pensando nisso, o curso de Enfermagem da Unifacisa criou o projeto “Neuroempatia na Universidade”, que busca levar aos estudantes atividades e palestras sobre problemas de saúde mental.
O projeto engloba atividades como palestras, workshops, rodas de terapia e até uma playlist musical dedicada ao controle da ansiedade. Além disso, foi criada uma conta no Instagram chamada Conversa Universitária (@cvuniversitaria), que permite aos alunos dialogarem e buscarem ajuda para combater os transtornos mentais. Durante todo o ano, o programa seguirá realizando as atividades buscando identificar e auxiliar os universitários que necessitarem de ajuda com sua saúde mental.
Na última quarta-feira (17), a sala do Inovalab da Unifacisa recebeu a primeira edição do Workshop “Ansiedade no Contexto Universitário”. A atividade contou com a palestra da psicóloga Candice Karen, que explanou aos alunos de diversos cursos os principais sintomas da ansiedade e as consequências do transtorno mental para a vida de quem sofre com o problema.
“A importância de abordar esse tema entre estudantes, além da questão do esclarecimento teórico, é a identificação pessoal e o despertar da busca por ajuda. A iniciativa da Unifacisa é louvável, pois em muitas universidades esse tipo de auxílio não existe. Hoje em dia, vivemos em um período conturbado, por isso o aumento nos casos. Esse projeto dá acolhimento à dor e à necessidade do próximo, não somente nas questões acadêmicas, e sim sobre a saúde mental dos alunos”, afirma Candice.
Professora de saúde mental do curso de Enfermagem Quézia Monteiro, diz que a iniciativa surgiu pela necessidade identificada pelos próprios alunos. “Fizemos uma pequena avaliação em alguns estudantes e percebemos que a maioria deles sentia algum sintoma de ansiedade. Por isso, tivemos a ideia desse projeto para mudar isso”, explica a docente, que também fala sobre o tabu em torno da busca por tratamento psicológico.
“Há um estigma gigante sobre o tema, pois muitos indivíduos têm medo de procurar ajuda e aparentarem ter algum desequilíbrio. Há muita gente sofrendo, inclusive com pensamentos suicidas, e que não procuram ajuda. Por isso, a intenção do projeto é exatamente essa: estender a mão para essas pessoas e mostrar que elas não estão sozinhas”, completa Quézia.
isa,
OPINIÃO - 22/11/2024