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A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta sexta-feira (17), a Operação Ampulheta para prender suspeitos de participação em um duplo homicídio ocorrido no dia 8 de dezembro do ano passado dentro de um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terras (MTST), em Alhandra, no Litoral Sul da Paraíba.
Foram cumpridos mandados de prisão no acampamento Dom José Maria Pires, local onde ocorreram os assassinatos em Alhandra, e outros dois no bairro do José Américo e no Cabo Branco, em João Pessoa.
Rawlinson Bezerra de Lima, conhecido como Ralph, foi preso em sua residência situada à Av. Cabo Branco, em João Pessoa, enquanto que Leandro Soares da Silva foi preso no acampamento Dom José Maria Pires, em Alhandra. Uma mulher foi presa no bairro José Américo.
As ações foram coordenadas pela Delegacia Seccional de Alhandra, com apoio de outras equipes, inclusive o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão. A polícia considera que as investigações são “sensíveis”.
Entenda do caso
Três homens invadiram o acampamento e foram até o local onde estavam José Bernado da Silva, 46 anos e Rodrigo Celestino de 38 anos, e efetuaram três disparos em cada uma das vítimas com uma arma de fogo calibre 12 e mais dois revólveres.
Após o assassinato, os suspeitos assaltaram uma residência próxima ao acampamento e, além de celulares e outros pertences de algumas vítimas, roubaram um caminhão. Porém, avisaram ao proprietário do veículo onde deixariam o veículo para que ele pudesse ser resgatado.
O caso ganhou repercussão nacional e internacional. A atual presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, veio à Paraíba participar do velório dos membros do MTST assassinados. O caso também foi lembrado pelo ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica.
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