João Pessoa, 22 de fevereiro de 2014 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Somente após três derrotas seguidas, a cúpula nacional do PSDB reconhece que o partido errou ao “descolar” do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nas pelejas contra o PT, o partido omitia seu passado, apesar das reconhecidas e inúmeras conquistas da Era FHC. Aécio Neves não deve cometer o mesmo erro.
Veneziano Vital, pré-candidato ao governo da Paraíba, também não. José Maranhão, governador por quase uma década, está para o ex-prefeito campinense como FHC para o PSDB. No caso paraibano, Veneziano parece ter enveredado por caminho inverso ao adotado pelo tucanato nacional.
Nas aparições públicas, Veneziano recorre à “experiência de gestão” do PMDB, personificada nas gestões de Maranhão, como atestado de credibilidade para pedir a confiança dos paraibanos. Ao invés de esconder, como fizeram equivocadamente Serra e Alckmin com FHC, o filho de Vital enaltece o líder peemedebista.
Uma postura correta porque fora os desacertos comuns às gestões públicas, a passagem de Maranhão pelo Palácio se notabilizou por um volumoso acervo de obras. E não há uma só nódoa na longa carreira política do ex-governador de 80 anos. Atributos de um notável filiado que o bom senso manda qualquer partido usar no seu portfólio.
Ícone da nova geração peemedebista, Veneziano poderia ignorar esse recente passado por uma questão de marketing, meio que costuma apostar na ‘novidade’, em contraposição ao ‘velho’, para persuadir. Pelo contrário, Nas entrevistas, ele defende e lista os feitos dos governos maranhistas, quase um a um.
Veneziano resgata e usa o passado para contrapor o presente. Julga ser esta uma estratégia de futuro.
*Artigo publicado na coluna do jornalista no Correio da Paraíba, edição do dia 20/02/2014 (quinta-feira).
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