João Pessoa, 28 de dezembro de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O ser humano vive em ciclos, mas não dá pra esperar e nem querer que a esta altura da vida, depois dos 50 anos, o governador Ricardo Coutinho mude seus costumes sociais e nem seu estilo próprio e reservado de ser, como alguns políticos e aliados chegam a sugerir e torcer nos bastidores.
Ricardo é mesmo de poucos afagos. É da sua natureza. Uma natureza que se contrasta e se choca com a cultura política paraibana. O seu jeito e a postura inflexível têm lhe rendido prejuízos e defecções porque invariavelmente são interpretados como desatenção, descortesia e até arrogância.
Quem torce pelo contrário, deve quebrar a cara. O governador não parece muito preocupado com isso. No seu íntimo, espera ser reconhecido pelo seu trabalho à frente dos destinos da Paraíba e não pelos risos que distribui em solenidades ou em contato com a massa nas suas andanças Estado afora.
Focado em resultados, Ricardo mostra confiar que, independente do humor da classe política, a população na hora oportuna lhe julgará pelo conjunto de ações e obras tocadas no curso do seu mandato. Não pelas sessões de “tapinhas nas costas” ou abraços gratuitos no meio da multidão.
Nem vai mudar e se quisesse não daria mais tempo. O eleitor encararia qualquer alteração como comportamento forçado e atos encenados. O efeito seria pior. No alvorecer do quarto ano de mandato, o imaginário popular sobre Ricardo já está formado. Sem volta. De um lado, a operosidade. Do outro, a difícil convivência.
Porém, ninguém pode acusá-lo de falsidade. Ele é o que é. Sem maquiagem. Melhor pro povo na hora de avaliar qual dos dois lados deve levar mais em conta. Na balança, Ricardo aposta que sua qualidade terá mais peso que seu “defeito”. Um tira-teima pra 2014.
*Artigo publicado na coluna do jornalista no Correio da Paraíba, edição do dia 26/12/2013 (quinta-feira).
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