João Pessoa, 14 de dezembro de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Reeleito com mais de 80% dos votos em Pernambuco, fechando o terceiro ano de mandato como o governador de maior aprovação no Brasil e com o bloco na rua para disputar a Presidência da República, Eduardo Campos é um espelho para qualquer governante com projeto de reeleição.
Na sua rápida passagem ontem por João Pessoa, Eduardo foi de volta ao Recife, mas deixou muitas lições para os políticos paraibanos e o exemplo de como é possível administrar com firmeza, bom trato e carisma o binômio política e gestão, através da arte essencial de somar energias, apoios e partilhar o poder.
Não precisou contar muito de sua experiência exitosa, bastou rememorar que, terminado processo de sua reeleição, ele procurou, conversou e conquistou os apoios dos dois adversários que sucumbiram durante o pleito já no primeiro turno. Jarbas Vasconcelos (PMDB) virou seu aliado e Sérgio Xavier (PV) seu secretário.
Como isso é possível? Eduardo tem a simples receita: “Porque eu sei juntar as pessoas do bem pra fazer as coisas do bem pra poder servir. Isso é uma marca importante na vida brasileira: ter capacidade de dialogar”, conta Campos, ensinando que no lugar de ter pisoteado os derrotados preferiu buscar neles experiência e contribuição.
Na cartilha, outro imperioso ensinamento, talvez o mais importante de todos: “Os governantes têm que cada vez mais ter humildade, condição de conversar com a população, admitir quando erra. Não é feio você dizer assim ‘eu errei’, me desculpe, deixa eu melhorar, me dê uma oportunidade, fazer as coisas acontecerem. Agora se ficar num pedestal, só nos palanques, nos ‘casacudos’, achando que entende disso. Aí minha gente, aí dá errado”. E como dá, governador!
*Artigo publicado na coluna do jornalista no Correio da Paraíba, edição do dia 13/12/2013 (sexta-feira).
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