João Pessoa, 29 de agosto de 2019 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A decisão do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, de forçar a suspensão das atividades do Parlamento britânico na quarta-feira (28), gerou revolta no meio político e protestos em diversas cidades do Reino Unido.
A medida, que deverá valer por cinco semanas a partir de 10 de setembro, é vista como uma tentativa de bloquear os esforços dos parlamentares contrários ao Brexit.
Milhares de pessoas saíram às ruas para condenar a atitude de Johnson, considerada por muitos uma ameaça à democracia no país. Manifestações ocorreram em Londres, Edimburgo, Cardiff, Manchester, Bristol, Cambridge e Durham. A maior delas foi realizada em frente à sede do Parlamento, na capital britânica.
Uma petição contra a suspensão do Parlamento reuniu mais de 1 milhão de assinaturas em menos de um dia.
“O Parlamento não deve ser suspenso ou dissolvido a menos e até que o período do Artigo 50 [referente ao Tratado de Lisboa, que determina os procedimentos para os países que queiram deixar a União Europeia] seja suficientemente estendido ou que a intenção do Reino Unido de deixar a União Europeia tenha sido cancelada”, dizia o texto da petição.
Opositores chegaram a denunciar a manobra de Johnson como uma tentativa de golpe ou até uma “declaração de guerra”. O premiê argumenta que a medida foi necessária para que o governo possa avançar com uma nova agenda legislativa “ousada e ambiciosa”.
“O Parlamento terá a oportunidade de debater o programa do governo como um todo e lidar com o Brexit”, disse Johnson em carta aos parlamentares.
A suspensão do Parlamento foi autorizada pela rainha Elizabeth 2ª, que desempenha a função de chefe de Estado. O anúncio da manobra ocorreu pouco depois de as lideranças dos partidos de oposição concordarem em se unir para tentar bloquear um Brexit sem acordo.
Agência Brasil
Ciência e Tecnologia - 29/11/2024