João Pessoa, 03 de setembro de 2019 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A Guarda de Finanças (polícia de fronteiras e alfândega) da Itália ordenou a apreensão do navio Eleonore, que pertence à ONG alemã Mission Lifeline. A ação ocorreu pouco depois de a embarcação entrar em água territoriais italianas para atracar em Pozzallo, na Sicília, com 104 migrantes resgatados no Mediterrâneo.
Segundo as autoridades italianas, a apreensão responde à violação por parte do navio da proibição de entrar em águas territoriais italianas, conforme previsto no decreto de segurança aprovado pelo governo da Itália, promovido pelo atual ministro do Interior em exercício, Matteo Salvini.
A ONG alemã anunciou a decisão de violar a proibição e seguir para Pozzallo após uma forte tempestade durante a noite, alegando que as condições a bordo estavam “insustentáveis”.
O capitão do navio, Claus-Peter Reisch, anunciou no Twitter ter declarado estado de emergência e que estava indo para o porto. “A situação perigosa para a vida das pessoas a bordo me obriga a me dirigir ao porto mais próximo”, disse o capitão.
Pouco depois de alguns quilômetros ao largo da costa da Sicília, uma lancha da Guarda de Finanças se aproximou e alguns agentes subiram a bordo.
O navio tinha permanecido durante vários dias em águas internacionais entre Malta e Itália, após os dois países não concederam autorização para aportar.
“Leis e fronteiras devem ser respeitadas. Se alguém pensa que pode ignorá-las sem consequências, está errado. Faço e farei tudo para defender a Itália”, disse Salvini no Twitter, sobre a decisão do Eleonore.
Agência Brasil
Ciência e Tecnologia - 29/11/2024