João Pessoa, 23 de novembro de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A brava Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, que cumpre papel pertinente de fiscalização dos hospitais públicos paraibanos, tem uma boa causa agora para abraçar: o Hospital Universitário Lauro Wanderley, reconhecido pela realização de procedimentos complexos, amarga uma crise sem precedentes.
Deficitário e caindo pelas tabelas por falta de recursos, o Hospital, bancado por verbas federais, fechou 79 leitos de uma lapada. Dado que põe em alerta a comunidade acadêmica daquele que é um laboratório-escola para futuros profissionais da saúde e, sobretudo, ameaça deixar órfã a gente humilde paraibana que carece de seus serviços.
Se quiserem visitar e se aprofundar sobre os problemas, os deputados estaduais farão muito bem a Paraíba e quem sabe poderão, de posse de relatórios e números, sensibilizar os colegas da bancada federal sobre a gravidade do problema e a iminência do sucateamento completo de um patrimônio da saúde da Paraíba.
O quadro atual é conseqüência de sucessivas e desastrosas administrações do Hospital e desleixo do Governo Federal. Embora tenha gestão autônoma, o poder central da reitoria da UFPB também tem sua parcela de responsabilidade. Cabe agora a atual reitora, Margareth Diniz, esquecer a cantilena do passado e reunir competência e mobilização política para salvar o HU.
As bancadas, as chamadas autoridades constituídas deste Estado e especialmente os combativos deputados do PT, partido da presidente Dilma Roussef, fervorosos críticos dos problemas da saúde no âmbito estadual, têm a obrigação moral de levantar a voz para denunciar a situação e cobrar providências do Planalto, antes que o HU chegue ao seu último suspiro e asfixie ainda mais a nossa já sôfrega saúde paraibana.
*Artigo publicado na coluna do jornalista no Correio da Paraíba, edição do dia 22/11/2013 (sexta-feira).
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