João Pessoa, 11 de novembro de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A especulada candidatura do senador Cássio Cunha Lima tem vantagens e prejuízos, óbvio. Por isso, vale a pena ler a reflexão do jornalista Marcos Alfredo em seu blog. Além de talentoso, Marcos, ex-assessor de Cássio e expert em matéria de Cunha Lima, desfruta de informações privilegiadas e sabe bem o que está dizendo.
E ele começa pelo ônus. “O grupo tem a consciência, por exemplo, das dificuldades políticas (não instransponíveis) relativas ao discurso político. Aliado de primeira hora do governador Ricardo Coutinho (PSB) e eventualmente apontado como o grande responsável pela eleição dele ao Palácio da Redenção, Cássio sempre se comportou como parceiro, cúmplice e apoiador do atual governo estadual. Esse tipo de enquadramento já foi feito pelo próprio Ricardo, em uma de suas últimas e incisivas entrevistas sobre a questão. A ‘caneta’ de Coutinho, aliás, é uma força nada desprezível, segundo reconhecem integrantes do Grupo Cunha Lima, numa campanha em que a estrutura logística e os custos serão elementos consideráveis”.
Agora, a lista dos bônus: “Uma ala do grupo, à essa altura majoritária, considera que o conjunto de vantagens é muito maior para uma candidatura de Cássio ao Governo em 2014. Entre os pontos positivos e essenciais, destacam o alto nível de popularidade do senador e ex-governador, em contraste com o desgaste político do governador. Principalmente nos dois maiores colégios eleitorais do Estado, a situação é evidente.
Com uma boa parte de aliados históricos sempre se queixando pelo tratamento recebido no atual governo socialista, a ala que defende a candidatura de Cássio acredita ser esta uma oportunidade para se restabelecer a hegemonia do grupo dentro do Estado. Os ‘deserdados’ mais radicais Estado afora já ensaiam até um discurso extremado: em caso de não-candidatura, o caminho natural poderá ser o de apoio a Veneziano”.
Independente de escolher carregar a cruz ou desembainhar a espada, Cássio está predestinado a viver um 2014 de sacrifícios. Resta ele saber qual dos dois é o maior.
*Artigo publicado na coluna do jornalista no Correio da Paraíba, edição do dia 11/11/2013 (segunda-feira).
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