João Pessoa, 14 de outubro de 2019 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Depois de 12 dias de manifestações, o governo equatoriano e o setor indígena chegaram a um acordo para revogar o Decreto 883, que eliminava os subsídios aos combustíveis, motivo dos protestos. Uma comissão criada pelo governo vai elaborar um novo decreto e será integrada por representantes dos movimentos indígenas e o governo, com mediação da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Conferência Episcopal Equatoriana.
Com o acordo, as manifestações devem chegar ao fim, com o compromisso de que se restabeleça a paz no país. No início das negociações, no Centro de Espiritualidade São Patrício, nos arredores de Quito, o presidente do Equador, Lenín Moreno, propôs a criação da comissão para elaborar um novo decreto em substituição ao 883.
Ele afirmou que sempre foi um homem de princípios. “Jamais faltei com a palavra. Se o subsídio à gasolina está sendo destinado a pessoas que traficam e enriquecem, me oponho a que isso passe”.
Moreno apelou aos líderes indígenas para que não façam o jogo dos que destruíram o país. “Não façamos o jogo dos que nos trataram como corruptos, que lhes tiraram as casas, a educação intercultural e as escolas bilingues, que devolvi”.
Ele responsabilizou grupos identificados com o “correísmo” pelos atos de vandalismo. “O sistema usado é o das Farc, a guerrilha. Nada disso é por acaso. Há dinheiro do narcotráfico. Não é possível que nossa intenção não tenha sido bem interpretada”.
Agência Brasil
Ciência e Tecnologia - 29/11/2024