João Pessoa, 08 de novembro de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Ninguém pode negar que, comparado com as demais legendas, o PT é o partido de maior e mais consolidada democracia interna. Suas eleições e definições de estratégias resultam de intensos e beligerantes debates. Todos os filiados e militantes votam e decidem os rumos do partido.
No Estatuto funciona assim, mas nem sempre a prática reproduz o que reza as regras. É o que está para acontecer. Não serão o PED de domingo e nem o tradicional congresso de tática eleitoral os balizadores da estratégia a ser adotada pelo conjunto partidário para a eleição de 2014 na Paraíba.
Pelo menos foi esta a revelação de ninguém mais ninguém menos que o presidente nacional do PMDB. Valdir Raupp disse com todas as letras que uma reunião entre a direção peemedebista e a presidente Dilma deve fechar aliança entre PMDB e PT paraibanos. O partido de Michel Temmer ainda pedirá reciprocidade no Rio e Ceará.
A julgar como verdadeira a declaração de Raupp a tal democracia interna petista é coisa pra inglês ver. Só existe mesmo nas intenções e sonhos dos petistas que se esforçam verdadeira ou encenadamente pela viabilização de uma candidatura própria do ‘Blocão’, agrupamento que recebe os apoios do PSC e do PP.
Enquanto parte da militância se esfola na Paraíba pela articulação de uma nova força e projeto político para a eleição vindoura, toda a tese pode ficar só na retórica e os mais árduos defensores da candidatura correm o risco de aceitar o PMDB de goela abaixo para atender as ordens de cima. Sendo assim, pouco valerá o que pensa o próximo presidente diante da vontade suprema da ‘presidenta’…
*Artigo publicado na Coluna do Correio da Paraíba, edição do dia 07/11/2013 (quinta-feira).
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