João Pessoa, 28 de outubro de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Exatamente no dia 24 de agosto do ano passado, o então candidato a prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, do PSDB, foi à televisão e numa entrevista “prometeu entabular um diálogo respeitoso com os funcionários municipais, prestigiando a negociação em alto nível com as entidades sindicais representantes das categorias”, conforme divulgou via release sua assessoria de campanha.
Na entrevista, o tucano ainda prometeu definição de uma data-base e a adoção de planos de cargos, carreira e remuneração que dignifiquem o trabalho dos servidores entre os “compromissos” que estava assumindo por entender ser este o caminho mais correto na relação com o “principal esteio do serviço público”.
Meses se passaram, Romero ganhou a eleição com folgada maioria e já é prefeito há quase onze meses. No pleno exercício do poder, não se pode dizer que o discurso do candidato tem se coadunado com a prática do prefeito. Pelo menos, não é isso que os servidores de Campina Grande sentem e nem externam.
Praticamente todos os segmentos do funcionalismo municipal reclamam melhor relação com a gestão tucana. Pra se ter uma idéia, as principais categorias, Saúde e Educação, deflagraram longas greves e só suspenderam as paralisações por força de medida judicial da Assessoria Jurídica do Município.
Os movimentos paredistas são estancados nos tribunais, não na mesa de negociação com o “principal esteio do serviço público”, como prometera o então candidato no palanque eletrônico. Deve ser por isso que Romero, em menos de um ano de governo, já chegou a ser surpreendentemente alcunhado pelo irreverente jornalista Fabiano Gomes de “Cozete de calças”. Uma comparação que dispensa explicações pra quem conhece Campina.
*Artigo publicado na Coluna do Correio da Paraíba, edição do dia 27/10/2013 (domingo).
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