João Pessoa, 25 de novembro de 2019 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Devido à margem apertada entre os votos dos dois candidatos, que fez desta eleição a mais disputada no país nos últimos 20 anos, a Corte Eleitoral do Uruguai afirmou que será necessário analisar os chamados “votos observados”.
Trata-se de votos de pessoas idosas, com incapacidades físicas ou outras restrições, e que, por isso, precisam de checagem especial. Assim, segundo o órgão, o “resultado final deve ser conhecido na quinta ou na sexta”.
Até 0h30 desta segunda (25), com 99,31% das urnas apuradas, o candidato do Partido Nacional, Luis Lacalle Pou, liderava a contagem por 48,75% contra 47,47% do governista Daniel Martínez, 62, da Frente Ampla, uma diferença de apenas 30.581 votos —os “votos observados” somam 35 mil.
À 0h17, Lacalle Pou subiu ao palco no Bulevar Artigas, em Montevidéu, junto aos representantes dos cinco partidos, incluindo o Nacional, que o apoiaram. Aos gritos de “presidente, presidente”, disse que “o que mais queremos é uma sociedade em paz, e por isso precisamos ter paciência para esperar a contagem final dos votos, nos próximos dias”.
Se este resultado se mantiver, haverá alternância de poder no Uruguai pela primeira vez em 15 anos, com a saída da centro-esquerda e o retorno ao poder do tradicional Partido Nacional (blanco), que contou com o apoio de outras quatro legendas de oposição neste segundo turno.
Esta é a segunda tentativa de Lacalle Pou de chegar à Presidência. Ele já havia perdido, em 2014, para o atual mandatário, Tabaré Vázquez, 79.
Advogado, terá como principal desafio combater a insegurança, grande preocupação dos uruguaios, e impulsionar a economia, que ficou praticamente estagnada em 2019.
Folha
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