João Pessoa, 16 de outubro de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Pode até não prosperar, mas em certos gabinetes de Brasília a tese de candidatura ao governo da Paraíba do ministro Aguinaldo Ribeiro tem sido crescentemente ventilada e levada muito a sério, diferente dos bastidores locais, onde essa possibilidade é tida por aqui como improvável ou quase impossível.
Pelo sim, pelo não, o nome de Aguinaldo está posto, embora ele prefira despistar o assunto e dizer que seu foco é nos resultados do Ministério das Cidades, pasta cujo desempenho e articulação política lhe credenciaram junto a pesos pesados do PT, a começar pela própria presidente Dilma e o ex-presidente Lula.
Conforme a Coluna trouxe ontem, na lista de aliados de Dilma nos estados levantada pelo Correio Braziliense Aguinaldo aparece como o responsável pelo palanque da presidente no Estado, mapa que ignora estranhamente o PMDB paraibano, fechado de cabo a rabo com a candidatura do ex-prefeito Veneziano Vital.
Afora, o relacionamento com figuras tops da política nacional e a simpatia de Dilma, Aguinaldo conta ao seu favor com a articulação estadual que juntou no Blocão o PT, partido dono do maior tempo de televisão do guia eleitoral, o PSC, detentor de uma das maiores bancadas da Assembleia, e o seu próprio PP, sem falar no diálogo aberto com o PTB, de Wilson Santiago, e o PEN, cujo tamanho dispensa apresentações.
Mais ‘mineiro’ que Tancredo Neves, apesar da naturalidade paraibana, Aguinaldo segue entoando um discurso de revisão de práticas, defendendo a unidade da Paraíba pelos grandes projetos e condenando o estado de permanente picuinha que envenena nossa classe política e atrasa nossa arrancada.
Resta uma questão: Aguinaldo contrariará, dessa vez, o seu peculiar pragmatismo para alçar um vôo arriscado? Na Paraíba, o mundo político aposta que não. Em Brasília, tem gente torcendo que sim. Qual das alas ele vai contrariar?
*Artigo publicado na coluna do Correio da Paraíba, edição do dia 16/10/2013 (quarta-feira).
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