“Ainda não conseguimos localizá-la. Estamos fazendo todos os esforços imagináveis, humanos e materiais. Para as famílias, que estão em um momento atroz de dor, daremos todo o apoio e todas as explicações que merecem. Vamos procurar os 38 passageiros sem limitar recursos, dia e noite, fazendo tudo o que é humano e técnico ao nosso alcance”, disse o ministro da Defesa, Alberto Espina.
O avião transportava 17 tripulantes e 21 passageiros, em missão de apoio logístico à base na Antártica, para revisar um oleoduto flutuante de abastecimento de combustível e realizar um tratamento anticorrosivo nas instalações nacionais no local.
A região onde o avião desapareceu está localizada em Paso Drake ou Mar de Drake, e é uma extensão de mar de cerca de 800 quilômetros (km), que conecta o Oceano Atlântico ao Pacífico, entre a América do Sul e a Antártica. Tem uma profundidade média de 3.400 metros. É considerado um dos lugares mais tempestuosos do planeta, com ventos que superam os 70 km/h e ondas de mais de 8 metros de altura.
Um comunicado emitido ontem (10) pela Força Aérea do Chile informa que foram deslocados para a região dois navios mercantes chilenos, quatro navios mercantes estrangeiros, cinco navios da Marinha do Chile e 12 aeronaves chilenas. Além disso, participam da busca dois aviões C-130 – um do Uruguai e outro da Argentina; e duas aeronaves P-3 – uma da Força Aérea Brasileira e outra do Reino Unido. A aeronave brasileira decolou do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, às 7h45 da manhã desta quarta-feira (11), com pouso estimado em Punta Arenas, no Chile, às 11h30 (horário de Brasília).
Ainda foram enviadas duas órbitas de satélite dos Estados Unidos para captura de imagem e uma órbita diurna por satélite FASat Charlie. A Marinha do Brasil enviou também o navio polar Almirante Maximiano para ajudar nas buscas ao avião. O Ministério da Defesa brasileiro informou que a embarcação já chegou ao local da possível queda do avião chileno e já realiza busca visual, por radar e por ecobatímetro (dispositivo utilizado para detectar objetos no fundo do mar).
Agência Brasil