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Flamengo estreia no Mundial de Clubes contra ex-time de Jesus

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publicado em 17/12/2019 ás 10h24
atualizado em 17/12/2019 ás 10h26

O Flamengo inicia hoje (17) a sua jornada no Mundial de Clubes e tem pela frente o Al-Hilal (SAU), às 14h30 (de Brasília), no Estádio Khalifa, em jogo válido pela semifinal da competição. Já habitualmente acostumado aos holofotes, o técnico Jorge Jesus entrou definitivamente no centro das atenções antes de a bola rolar. Técnico do clube saudita até janeiro deste ano, o Mister nutriu nos últimos dias uma relação que variou entre afagos e alfinetadas nos últimos dias.

O português não cansa de dizer que ele foi o responsável pela montagem do time que levantou a Liga dos Campeões da Ásia, mas isso não corresponde exatamente à realidade. Quando chegou no clube, grande parte do elenco lá estava. O luso pediu as contratações de Giovinco e Gomis, que seguem em Riad. Cuéllar, seu atleta no Fla, chegou depois, assim como o zagueiro sul-coreano Jang Hyun-Soo.

O discurso do rubro-negro em referência à importância do seu trabalho em Riad gerou uma resposta debochada de Razvan Lucescu, atual dono do cargo. O romeno ironizou quando questionado sobre o trabalho de Jesus como o mentor deste time.

“O Mister Jesus é um dos principais técnicos do mundo nos dias atuais. Se ele diz que montou esse time, só posso dizer muito obrigado”, disse.

O meia brasileiro Carlos Eduardo também jogou uma ducha de água fria no discurso do comandante do Fla. Quando questionado a respeito de quanto das ideias do rubro-negro persistem na equipe, o jogador não mediu as palavras: “A equipe já não tem nada de Jorge Jesus. Todos aprendemos com as ideias de todos os treinadores mas já não temos nada do Mister”.

Nem tudo, no entanto, foram espinhos. Autor do gol que classificou os sauditas para a semi, o francês Gomis fez uma declaração ao ex-treinador. Na hora de festejar, o atleta foi na direção do antigo comandante, fez o gesto de um leão e levantou até a suspeita de que estaria provocando o Flamengo, tese rejeitada pelo próprio português, que ressaltou suas qualidades humanas.

“A experiência de trabalhar com ele foi muito boa, ele é um treinador muito exigente e detalhista. Tenho muito carinho por ele, que sempre contou comigo. Muitos julgam ele pela forma de ser no campo, mas tem muito bom coração. Em campo, ele é um louco do futebol”, derreteu-se o peruano Carrillo.

UOL