João Pessoa, 17 de setembro de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A Paraíba não acertará o passo enquanto seus gestores, representantes, entidades sociais e setores produtivos não tiverem o desprendimento de construírem, juntos e a várias mãos, um projeto de desenvolvimento cujas diretrizes virem regras sagradas para os governos que se sucedam no poder.
É o que a Coluna vem defendendo exaustivamente. Um pensamento que se coaduna com a pregação repetitiva do ministro Aguinaldo Ribeiro no deserto de tanta mesquinharia e mediocridade na nossa tacanha prática de carimbar DNA de ações e obras e impedir a sequência de projetos que poderiam fazer muito bem ao nosso povo.
Sempre que pisa em solo paraibano, Aguinaldo, tal qual um João Batista, reitera sua exortação que chega a ganhar tom de provocação diante da indiferença da maioria da classe política. A Paraíba só vai pra frente se souber, unificadamente, onde e quando quer chegar e investir, independente de quem esteja no centro das decisões.
No atual governo, Ricardo Coutinho tem feito em razoável medida sua parte. Ao invés de ignorar as tratativas dos antecessores, deu continuidade a dois projetos vitais: o programa rodoviário e a construção do esperado Centro de Convenções com o destravamento do Pólo Turístico do Cabo Branco, que remonta à década de 80.
O que nos falta é a deflagração de um grande debate da sociedade e agente políticos de todas as correntes no planejamento de uma política de Estado, um traçado que oriente as rotas dos próximos governos e que permita aos paraibanos defendê-lo de eventuais descaminhos movidos pela histórica personalização que tanto mal nos faz.
Pobre e há tempos vendo a banda do Nordeste passar, a Paraíba não pode mais se dá ao desfrute de pagar o preço e a alta conta dos projetos partidários e vaidades individuais. Com a força de seu povo e a unidade dos homens públicos, é possível recuperar o tempo perdido. Esse é o único caminho e a verdade para uma nova vida.
*Reprodução de artigo publicado na coluna do Correio da Paraíba, edição do dia 15/09/2013 (domingo).
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OPINIÃO - 22/11/2024