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2014

Líder do PSB confirma candidatura de Eduardo Campos à Presidência

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publicado em 09/02/2013 ás 13h18

 A pouco mais de um ano e meio da próxima eleição presidencial, o cenário da disputa começa se desenhar. Além dos dois partidos que certamente lançarão candidatos próprios, PSDB e PT, os holofotes estão voltados para o PSB, o grande vitorioso das eleições municipais de 2012.

 
Com o fortalecimento do nome de seu principal expoente — o governador de Pernambuco, Eduardo Campos — a legenda dá como certa a candidatura dele para suceder a presidente Dilma Rousseff. Em entrevista ao Portal R7, o líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), disse que a alternativa é consenso dentro do partido: “Há pessoas que se acomodam de andar a reboque dos outros, há outros que têm objetivos”.
 
Albuquerque refuta as especulações de que o PT estaria elaborando nos bastidores a estratégia de oferecer a vice-presidência ao governador e, em troca, abrir mão da candidatura ao governo de São Paulo em favor de Michel Temer (PMDB).
 
— Isso não existe, essa hipótese não existe. O PMDB foi engordado pelo PT. Imagina se PMDB com o atual vice, com o presidente do Senado, com o presidente da Câmara, vai abrir mão de estar nesse protagonismo? O PSB cresceu e não cabe mais nessa aliança.
 
 
Um dos fundadores da legenda, o deputado diz ter certeza de que 2014 é o momento político ideal para o lançamento de uma candidatura própria. O PSB teve o maior crescimento absoluto proporcional entre 2008 e 2012, quando se reelegeu em 72% dos municípios que governava e assumiu um total de 436 prefeituras, sendo cinco capitais.
 
Questionado se o partido está preparado para “caminhar com as próprias pernas”, o deputado disse que aprendeu com o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, grande articulador do PT para as eleições de 2014, que as oportunidades devem ser aproveitadas.
 
 
— O Lula é o maior professor de quanto vale perseguir um protagonismo para alcançar o objetivo. O Lula foi candidato em 1989, nós sempre apoiamos ele. Sempre estivemos juntos, porque aquele era um protagonismo que nos animava. Agora, nós temos o nosso protagonismo, que é absolutamente natural.
 
Renovação
 
Albuquerque defende que a candidatura de Campos é viável porque a população brasileira quer uma renovação política. Segundo ele, esse desejo ficou evidente com os votos conquistados pela ex-senadora Heloísa Helena na eleição presidencial de 2006 e pela também ex-senadora Marina Silva, que obteve cerca de 20 milhões de votos em 2010.
 
A eleição para a presidência da Câmara também foi, segundo o deputado, um indicativo desse desejo de renovação. Apesar de o candidato apoiado pelo governo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ter conseguido se eleger com 271 votos, as candidaturas alternativas — Júlio Delgado (PSB-MG), Rose de Freitas (PMDB-ES) e Chico Alencar (PSOL-RJ) — receberam, juntas, 223 votos.
 
— A eleição foi um indicativo de que tem muita gente ouvindo as ruas, foram 226 parlamentares que disseram não à candidatura oficial, que estava apoiada pelo PSDB também. Isso é um sinal importante. Há um desejo de renovação, mas tem muita gente ainda surda com o que se ouve na rua. Os longos períodos de governo deixa o cara surdo.
 
R7