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CORONAVÍRUS

OMS diz que o mundo luta pela vida, mas que há esperança

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publicado em 04/05/2020 ás 07h39
atualizado em 04/05/2020 ás 07h40
Foto: Reuters

Várias partes do mundo estão começando a sair da pandemia de covid-19 e a retomar cautelosamente a vida normal, mas o novo coronavírus representará risco significativo até que vacinas sejam desenvolvidas, disse nesse domingo (3) o principal especialista em emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan.

Diretor executivo do Programa de Emergências da OMS, Ryan afirmou que, embora muitos países ainda estejam no olho do furacão, outros estão começando a mostrar que é possível conter a doença em alguma medida. “Nesse sentido, há esperança”, disse o especialista à Reuters em entrevista online.

“Em nível global, a situação ainda é muito, muito séria, mas o padrão da doença e da trajetória do vírus é muito diferente em várias partes do mundo atualmente”.

“O que estamos aprendendo é que é possível manter essa doença sob controle e é possível começar a retomar uma vida econômica e social normal, com uma nova forma de fazer isso, com cuidado e vigilância extremos”, afirmou Ryan.

Ele lembrou que alguns países na África e na América Central e do Sul ainda estão vendo uma “trajetória ascendente dos casos” e que a disponibilidade dos testes continua sendo um problema.

Mais de 3,44 milhões de pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus globalmente e 243.015 morreram, de acordo com a contagem da Reuters nesse domingo (3). Infecções foram notificadas em 210 países e territórios desde que os primeiros casos foram identificados na China em dezembro.

“Estamos no meio da luta pela nossa vida – todos nós, ao redor do mundo,” disse Ryan. “Haverá um risco grande e significativo até chegarmos em um ponto em que tenhamos uma vacina segura e eficaz, disponível para todos.”

Para Mike Ryan, alguns países, incluindo China, Coreia do Sul, Singapura, Nova Zelândia e outros, alcançaram o que ele descreveu como “um estado estável” em relação à disseminação da covid-19.

Enquanto isso, a Europa e a América do Norte estão começando a emergir de “epidemias muito intensas” da doença e agora tentam encontrar uma saída segura de severas restrições às atividades econômicas e sociais impostas nos últimos meses, disse ele.

Após meses de severo bloqueio, as pessoas na Itália e na Espanha começaram a desfrutar de um pouco mais de liberdade no domingo. Israel abriu algumas escolas, enquanto a Coreia do Sul disse que iria relaxar ainda mais as regras de distanciamento social a partir de 6 de maio, permitindo a reabertura gradual de negócios.

Mike Ryan afirmou que isso mostra não que o vírus possa ser derrotado absolutamente, mas que se pode chegar a um ponto em que temos controle suficiente sobre ele para que a vida social e econômica possa recomeçar.

Ele alertou, no entanto, que qualquer governo que busque relaxar as restrições deve fazê-lo com extrema cautela.

*Agência britânica de notícias

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