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Wilson Roosevelt Jerman, que trabalhou na Casa Branca com 11 presidentes dos Estados Unidos, morreu aos 91 anos, depois de ter contraído covid-19, anunciou a família.
O homem, que começou a trabalhar como empregado de limpeza quando era presidente Dwight Eisenhower (1953-1961), foi rapidamente promovido a mordomo na era Kennedy (1961-1963), e aposentou-se em 2012, durante o mandato de Barack Obama (2009-2017).
“Com a sua amabilidade e cuidado, Wilson Jerman ajudou a fazer da Casa Branca um lar durante décadas para várias primeiras famílias, incluindo a nossa”, disse a ex-primeira dama Michelle Obama.
“O seu serviço aos outros – a sua vontade de ir mais além pelo país que amava e por todos aqueles cujas vidas tocou – é um legado digno do seu espírito generoso”, acrescentou.
Hillary Clinton também transmitiu condolências à família, através do Twitter, elogiando a capacidade de Jerman de fazer as famílias de vários presidentes “sentirem-se em casa”.
O ex-presidente George W. Bush e Laura Bush prestaram tributo ao antigo mordomo, considerando-o “um homem adorável”.
“Ele era a primeira pessoa que víamos de manhã quando saíamos da residência e a última pessoa que víamos à noite quando regressávamos”, escreveu o casal.
Um profissional elogiado por todos
Jerman tornou-se mordomo da Casa Branca durante a presidência de John F. Kennedy (1961-1963), uma promoção que teve a mão de Jacqueline Kennedy, de acordo com uma das netas de Jerman, Jamila Garrett.
Desiree Barnes, assessora na Casa Branca durante a gestão de Obama, garantiu que Jerman tratava todo o pessoal com amabilidade, recordando que, quando era ainda estagiária, o mordomo lhe trazia uma refeição se ainda não tivesse comido, e que chegou mesmo a telefonar-lhe durante uma tempestade de neve para se certificar de que ela estava bem.
“Não importava qual era o partido político, ele estava lá para servir”, disse Barnes.
“Ele esteve lá em alguns dos dias mais difíceis para muitos presidentes. Imagine estar lá quando o presidente Kennedy foi assassinado e ter de receber a primeira dama. Portanto, ele era um homem muito empático”, elogiou.
Os Estados Unidos já registraram quase 95 mil mortes provocadas pela covid-19.
Agência Brasil
OPINIÃO - 26/11/2024