João Pessoa, 02 de junho de 2020 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Eu sei que a vida não está fácil. Depois de sessenta dias presos, o Governador mandou mais uma medida. Entraremos em lockdown. Até concordo com aquela menina da Globo, a Leilane Neubarth,(foto) que escreveu lá no seu tuíte (sorry, Twitter) que os nordestinos não entendiam essas palavras. Claro, não é Leilane, em inglês não é só nordestino que não entende. Abaixe aí o tom conosco. Tem gente, que nem você, e não somente gringo, como afirmava o Ultraje a Rigor, “pensando que nóis é indigente”. Eu sei, às vezes, “a gente somos inútil” mesmo.
A gente “não sabemos escolher presidente”. Pois é, dizem tudo isso de nós. Mas não é toda vez, nem todo tempo, que a gente não ‘sabemos’ de nada, entendeu? Então, caro leitor, para não servirmos de mangoça para Leilane, vou logo traduzir esse negócio. Lockdown quer dizer confinamento. Ou seja, nós vamos continuar presos em casa, como estamos; mas, no momento do lock (vamos apelidar assim) é um confinamento compulsório, conforme Leilane falaria. Você fica em casa a pulso, quer queira, quer não queira. E, se por acaso, rebelar-se, você vai tomar multa, pode ver o sol quadrado, ou até andar com aquelas tornozeleiras de ladrão; isso, a depender, evidentemente, do humor dos homens. Fui claro?!
Vamos obedecer, então, apesar dessas medidas não terem evidências científicas irrefutáveis. Obedecer, não por medo, mas porque é mais um aliado nos cuidados e, principalmente, porque visa o bem de todos. Tenham bastante cuidado, que brasileiro é metido a autoritário, e qualquer agente público, munido dessas ferramentas que a Lei lhe confere, ou não, pode sair por aí fazendo absurdos com idosos, jovens, ou pessoas que, por um motivo inesperado, teve que sair de sua casa para o meio da rua. Tomara que nada aconteça, mas foi o que se viu por onde se tentou esse tipo de medida mais rígida. Torçamos para que tudo dê certo e, de verdade, consiga-se reduzir o número de casos mais graves daquela doença. Não vou nem dizer o nome. Ave Maria, Ave Maria três vezes.
Queria, por derradeiro, deixar um pedido muito especial aos amigos. Enquanto eu estiver no estresse do confinamento obrigatório, não falem muitas palermices pelas redes sociais, para não me tirar do sério e não ser preciso eu sair aperreado por aí, para ver se consigo desparecer. Se a encontrarem por aí, avisem a Leilane que ela não só escreve coisas apalermadas, como é uma palerma. Expliquem que palerma não tem nada que ver com quem é de Palermo na Itália. São pessoas que apresentam ingenuidade e falta de bom senso. Por vezes, são pouco inteligentes. Desculpem-se com ela, não fomos nós quem inventou o termo, é o que diz o dicionário!
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TURISMO - 19/12/2024