João Pessoa, 06 de junho de 2020 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Estava discutindo com amigos sobre feriados, festas, e outros que tais nestes tempos escuros. De repente, ante um comentário idiota, me bateu a obrigatoriedade de nós, homens, respeitarmos mais as mulheres. É que em nosso mundinho masculino não atinamos para a oceânica maravilha que são as mulheres. Só que às vezes elas também não tem conhecimento do quanto são fantásticas.
Mulher não precisa ter muito peito e muita bunda, nem cabelos lisos ou olhos claros. Isso tudo se compra cada vez mais barato. Silicone, mega hair e lentes de contato são feitos para fabricar a mulher que essa mulher queria ser. Mas aí perde-se um pouco a verdade do ser e muito do que os homens de verdade mais gostam, a verdade.
Na verdade, mulher de verdade nem deve se preocupar com etiquetas e butiques. Qualquer forma de ostentação é mau gosto; bacana é ser simples. A diferença está em usar as etiquetas para dentro, porque se é certo que uma mulher veste-se muito mais para impressionar as outras do que para agradar o outro, cabe às outras que de fato entendem do que é bom, identificar o que é bacana sem ficarem perdidas na cor menos clara da alça de uma bolsa francesa que lhe diferencia da paraguaia.
Mulher tem que deixar de ser medrosa, tem que ter coragem de ser carinhosa, tem que assumir que pode ser mais mãe do marido do que de seus filhos se um dia uma lagrima reclamar colo.
Mulher tem que ser forte para segurar a mão forte do outro, mais forte ainda para puxá-lo do abismo das falsas amizades e das ilusões, sem que se percam as amizades nem se desfaçam as ilusões. Aí a sutileza feminina; a mão que protege e guia sem que os olhos do outro vejam essa mão. Para isso e tanto mais é que foram criadas assim tão especiais.
Mulher tem direito a tudo, inclusive direito a conservar esse maravilhoso dom que Deus lhe deu; ser sempre muito mais inteligente do que o homem. Pena que algumas partam para um desnecessário confronto quando facilmente impõem-se pela evidente superioridade que as sábias escondem e as inseguras expõem.
Ah, mulheres!
Um pouco mais de bom humor, é tudo que esperamos e tememos, porque então não serviremos para quase mais nada, a não ser amarmos e admirarmos tanto mais vocês.
Por favor, nessa época de pandemia, nos ensinem a sermos fortes para resistirmos às burrices dos administradores que tentam compensar a incompetência no trato da expansão da rede hospitalar com a prisão domiciliar; mostrem-nos o caminho de sobreviver sem poder trabalhar para ganhar o nosso sustento por imposição daqueles que recebem salários mensais pagos pelo povo que aprisionam. E se puderem (já que homens e mulheres somos anjos de uma asa só) juntem-se a nós para voarmos com destino a tempos melhores, longe de tanta mediocridade e covardia.
Se me fosse dado escolher, a figura de Deus seria feminina e Jesus Cristo teria vindo mulher.
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TURISMO - 19/12/2024