João Pessoa, 06 de agosto de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Aniversário de 428 anos de João Pessoa. Sessenta anos do Correio da Paraíba. Duas histórias que se confundem nas mentes e corações pessoenses. De um lado, uma quatrocentona que fez história. Do outro, um veículo de comunicação que há seis décadas testemunha e registra os fatos de uma cidade, cujo diferencial, além da beleza, está no calor humano e na acolhida a todos que por aqui chegam.
Sertanejo pobre, portanto, latino-americano e sem dinheiro no banco, por aqui atraquei em 2002 com minha sacola vazia de pertences, mas cheia, transbordando de sonhos. Entre tantos, me ‘formar’ jornalista e cavar um lugar no conglomerado de comunicação mais representativo e popular do Estado.
João Pessoa é essa terra cosmopolita, mosaico de feições dos mais variados lugares, abrigo de viajantes, interioranos e, berço, de tantos quantos se permitam à adoção. Foi essa cidade que me acolheu de braços abertos, desde o dia que desci na rodoviária numa fria madrugada, senti seu cheiro e me embriaguei na sua atmosfera verde.
Antiga Frederica, a Capital de Nossa Senhora das Neves me deu o diploma tão suado por mim e sonhado por dona Marizete. O Sistema Correio, resultado do crescimento vertiginoso do Correio da Paraíba, me ofertou a primeira oportunidade profissional. Tão acolhedora quanto a cidade que lhe brotou, essa empresa abriu horizontes, deu sustento, presenteou realizações e me escancarou as portas da projeção.
Tal qual as datas que se entrelaçam neste 5 de agosto, João Pessoa e o Correio da Paraíba são uma simbiose de sentimentos que carrego no peito. Para um filho devotado de Marizópolis, a Capital das Acácias, com seu colorido, é uma florida segunda casa. Para esse jornalista que mereceu a confiança da labuta no rádio, jornal e televisão numa empresa que acolhe, valoriza e aposta nos novos talentos, está aqui não é trabalhar… É se sentir em casa.
Resistência – Praticamente sozinho na bancada de oposição na Câmara de Campina Grande, o vereador Olímpio Oliveira (PMDB) não se entrega e mantém a pisada contra a gestão do prefeito Romero Rodrigues (PSDB).
Calo – Para Olímpio, no governo tucano vários serviços pioraram, mas nenhum consegue ser mais deficiente que o da saúde. O colega Napoleão Maracajá (PC do B) concorda e lembra o movimento de greve no setor.
Frutos das sementes plantadas- O trabalho do ex-senador Roberto Cavalcanti continua rendendo. A CCJ marcou para quarta-feira votação do projeto dele que pretende modificar o Código de Processo Penal para assegurar prioridade no julgamento de crimes de homicídio praticados contra jornalistas no exercício da profissão. Relator da matéria, o senador Vital do Rêgo (PMDB) já disse “sim” à matéria.
Em campo – Depois de receber de presente à presidência do PTC pela articulação de Vital do Rêgo, o ex-deputado Neto Franca começou a mostrar serviço. Em nota, ele saiu em defesa do ex-prefeito Veneziano Vital (PMDB).
Fisgada –
Franca vê desespero do PSB que estaria, segundo ele, usando a suspensão dos direitos políticos de Veneziano para abafar o caso Jampa Digital. “O Jampa não é coisa de política. É caso de polícia… Polícia Federal”.
Barulho… – Líder da oposição, Anísio Maia (PT) fez piada com a “ausência da pirotecnia” do governo no aniversário de João Pessoa: “Todos lembram como foi ano passado, quando a candidata do governo precisava de votos…”.
…Silêncio – Maia lembrou: em 2012 o governador Ricardo Coutinho anunciou pacote de obras. “Teve até comercial e música na TV. Nada saiu do papel. Agora, o governo se fez de morto. A não ser que deixou pra 2014”, ironizou.
Última chanche – Mesmo sem cargo no governo, o presidente estadual do PSB, Edvaldo Rosas, se vira como pode para atrair apoios à sua segunda tentativa de ganhar uma vaga na Câmara Federal. Sabe que é agora ou nunca mais.
Dor de cabeça – Praticamente todos os secretários da Prefeitura de João Pessoa estão com o juízo quente pelo atraso nas licitações. As modificações na composição da Comissão e adoção de novos critérios colaboram com a demora.
Requisitos – Renomado consultor em economia, o paraibano Maílson da Nóbrega tem simpatia pela pré-candidatura de Eduardo Campos à presidência. Vê no pernambucano um perfil com potencial para atrair eleitores e empresários.
Guru – Famoso em Campina Grande pelas pesquisas que encomenda e embasam estratégias de políticos, o oftalmologista Saulo Freire jura de mãos postas que ainda não mandou sondar a avaliação do governo Ricardo na cidade.
Licitada – A respeitada e requisitada agência Mix ganhou conta da comunicação da Prefeitura de Sousa. O prefeito André Gadelha (PMDB) pretende usar a verba para promover as potencialidades turísticas e festivas do município.
Civilidade –
Além de respeitosa recepção ao governador, apesar de adversária, a prefeita de Patos, Chica Motta (PMDB), garantiu que a Prefeitura disponibilizará a doação de terreno para construção do Projeto Cidade Madura, do Estado.
PINGO QUENTE – “Patos não via uma casa construída há muito tempo”. Do governador Ricardo Coutinho (PSB) criticando o “desleixo” de seus antecessores com a política habitacional direcionada ao município do Sertão.
*Reprodução do Correio da Paraíba, edição do dia 05/08/2013 (segunda)
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OPINIÃO - 22/11/2024