João Pessoa, 25 de julho de 2020 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Eu nunca quis ter Feicibuqui. Foi uma amiga que fez pra mim. Eu gostava mesmo era do Tuite. Adorava. Além das informações, logo cedo, quando voltava da caminhada, antes de ir trabalhar (no antigo Correio da Paraíba), já abria o computador no Tuite. Eu não tirava o olho. Minha mulher e meu filho (ainda garoto), diziam que eu estava viciado. E estava. Passou.
A exposição do avesso do avesso do avesso no Feicebuqui é uma coisa sobrenatural e se expandiu de tal forma, que a pessoa posta uma imagem noutra rede, que já lhe oferece a publicação também no Face. Está lá, o espaço digital ocupando uma face da plataforma, que há muito virou uma “virose”.
Em decorrência do isolamento social, os “feicibuquianos” se reúnem para pensar muitas curtições planejadas. Será que é isso mesmo? De onde fui tirar esse papo que já está qualquer coisa? Bom, dali nasce e morre um monte de coisas aliadas a outras já enterradas numa série de intervenções propostas pelos usuários, sem falar das brigas, das fofocas, das “opiniões” e elogios como forma de refletir e dialogar sobre tal coisa do passado ou atual. Até aí, tudo bem, nada mal.
Nessa transposição, rios de delírios. Só faltam dizer que São Francisco é o padroeiro do Face, já que há muitos “animais” no território. Com suas contas junto a cenas que foram questionadas ou não, quanto ao fazer aparecer ilimitado ao espaço digital, eu acho o máximo. Claro que o feicibuque é legal, bicho! Mas é cafona, ou povoado (em parte) de uma cafaonália kitsch (expressão de procedência alemã), mas é lá que posto meus textos…
Conversa vai, conversa zen, um aniversário, a notícia de uma morte ou dialogar com o espaço sideral, por meio de cenas repetidas de computadores e telemóveis? O que é telemovel? (foto) Sei lá. O que se transforma nas relações entre os que pedem para serem amigos no Face e o público, quanto o contato virtual, já que o corpo a corpo torna-se um risco, cada dia mais? Esquece.
Como encontrar novas trilhas de re-existência longe dessa transa virtual? O digital será afinal um limite temporário ou uma nova condição dos meios afins? Daqui a pouco surgirá a dialética. Essa semana conversava com o professor Colaço Filho e veio à tona a palavra dialética. Lembram da dialética?
Entre essas e outras tantas ilusões, o coletivo que tá doido para ir às ruas, “tinbugou” no Faceibuqui até o gogó. Não sei se vocês estão me entendendo ou não se fala mais nisso.
Tamanha metamorfose ambulante, que de ambulante não tem nada, eu fico impressionado quando abro o meu imêio pela manhã e lá estão os aniversários de amigos do face. Legal. Vou lá na linha do tempo e dou parabéns. Mas, geralmente, encontro pessoas que não posso dizer o nome, que tem três contas ou mais. Eu só tenho uma, com mil e poucos amigos e acho que está bom, pois, não costumo aceitar pessoas que não conheço “de vista”. Afinal, a pessoa que tem três contas, em qual delas eu devo parabenizar?
Bom, entre as minhas intervenções e performances eu gosto mais da canção do Roberto, que diz que ele queria ser civilizado como os animais, do que aquela outra: “Eu quero ter um milhão de amigos”. Realmente, tô fora.
Acerca desse papo, traçando perspectivas para o país do futuro, na prática e nesses tempos pandêmicos, eu adoooooro o Feicibuqui. Morou?
Kapetadas
1 – Feliz com a oportunidade de simplesmente me deitar e dormir.
2 – Você sabe com quem está “falhando”???
3 – Som na caixa: “Comprei um quilo de farinha, Pra fazer farofa, Pra fazer farofa, Pra fazer farofa fá” de Mauro Celso
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TURISMO - 19/12/2024