João Pessoa, 03 de setembro de 2020 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Ganhar prêmios, vencer festivais, ter o seu trabalho reconhecido. Tudo isso é muito bom e alavanca a carreira profissional do laureado. Muito embora, por motivos que a própria razão desconhece, nem sempre o vencedor é o melhor de todos. Mas isso é o juri quem decide e palavra de jurado é prego batido e ponta virada (para não desprezar o lugar-comum).
O mais famoso, badalado e conhecido de todos é o prêmio Nobel, concedido pela Academia Sueca àqueles profissionais que se destacam nas áreas da medicina ou fisiologia, química, física, paz e literatura. A história da criação desse prêmio todo mundo já conhece, que foi a vontade em testamento de Alfred Nobel, no ano de 1895. Sim, foi ele quem inventou a dinamite e outros detonadores. Desiludido com a utilização para fins não pacíficos de sua invenção, decidiu criar o prêmio que leva o seu nome. Os ganhadores abocanham uma pequena fortuna, porque como diz o escritor Ignácio de Loyola Brandão, prêmio só é bom quando tem dinheiro.
Dizem que os cinco membros eleitos pela Academia Sueca para escolherem os ganhadores são muito rigorosos. Por exemplo, na área de literatura, o páreo é difícil. Muitas vezes o ganhador nem é tão conhecido do público leitor e, passado algum tempo da premiação, ninguém mais vai ler suas obras. Quer um exemplo? Quem, hoje em dia, aqui no Brasil, ainda lê o norueguês Björnstjern Björnson (foto) (1832-1910)? Ele levou o Nobel de Literatura em 1903. Já o nosso Machado, que nunca ganhou, continua sendo lido até hoje.
Mas, dizem os entendidos, que a Academia Sueca também erra e que cometeu um tremendo equívoco ao escolher um escritor de língua portuguesa, premiando José Saramago em 1998, e não o poeta e escritor Herberto Helder (1930-2015), também nascido em Portugal, tendo assim cometido o maior “erro de português” da história de suas premiações.
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TURISMO - 19/12/2024