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O ministro da Informação venezuelano, Ernesto Villegas, afirmou nesta quinta-feira que o presidente Hugo Chávez sofreu "complicações" relacionadas à cirurgia a que foi submetido, há dois dias, em um hospital de Cuba. Em cadeia nacional de TV, o ministro disse que, na mesa de operação, o presidente apresentou um sangramento e precisou ser submetido a "medidas corretivas".
"O paciente se recupera progressivamente e favoravelmente, e seus sinais vitais estão normais", disse.
Mais cedo, o mesmo ministro tinha vindo a público informar que Chávez estava em em "condições estáveis". "O boletim médico indica que o paciente está em condições estáveis em seu processo evolutivo", afirmara. "Realizada a complexa e delicada intervenção cirúrgica, o paciente se encontra em processo pós-operatório igualmente complexo", admitiu o ministro.
Ele disse ainda que "acompanham o presidente Chávez seus familiares mais próximos, que, de Havana, agradecem as manifestações de solidariedade" e pedem aos venezuelanos confiança "na fortaleza física e espiritual do comandante Hugo Chávez e no tratamento médico".
Esta foi a quarta cirurgia de Chávez, 58, em um período de um ano e meio. O presidente luta contra um câncer na região pélvica –a localização exata nunca foi informada.
Chávez foi reeleito no dia 7 de outubro e deveria tomar posse em 10 de janeiro.
SUCESSOR
Os rumores da piora do estado de saúde de Chávez aumentaram após ele anunciar que o ex-chanceler e atual vice, Nicolás Maduro, seria seu candidato em uma eleição presidencial. Foi a primeira vez em 14 anos em que o mandatário apontou um sucessor.
"Ele é um completo revolucionário, um homem de grande experiência, apesar da juventude, com uma grande dedicação e capacidade para trabalhar. Em um cenário em que sejamos obrigados a fazer uma nova eleição presidencial, vocês devem escolher Nicolás Maduro", disse.
O temor é que, após a cirurgia, o presidente morra ou fique impossibilitado de dirigir o país, o que faria com que Maduro completasse este mandato, que dura até 10 de janeiro.
Se essas possibilidades acontecerem após o início do novo mandato de Chávez, quem assume o país é o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, que será o responsável por convocar novas eleições nos 30 dias subsequentes.
Maduro, 50, é um ex-motorista de ônibus e líder sindicalista venezuelano, que se aproximou do mandatário na década de 1990. Um dos aliados mais próximos do presidente, é muito popular entre os venezuelanos por causa de sua simpatia.
Folha
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