João Pessoa, 10 de dezembro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, advertiu o comando militar contra eventuais planos desestabilizadores antes de viajar nesta segunda-feira (10) para Cuba para uma nova cirurgia contra o câncer, mas se mostrou confiante de que deixa o país nas "boas mãos" de sua cúpula política e militar.
"O inimigo espreita de fora e de dentro e qualquer circunstância que eles acreditem oportuna para lançar-se de novo como hienas contra a pátria (…) e entregá-la ao imperialismo, não vão desperdiçar", disse Chávez em um discurso gravado exibido pelo canal de televisão oficial VTV.
O presidente, que viajou durante a madrugada para Cuba, onde será submetido a uma difícil operação depois de uma grave recorrência do câncer, afirmou ter certeza de que tanto o povo como o exército protegerão o país.
"Estou totalmente seguro de que a pátria está segura", destacou Chávez, cercado pelas principais figuras de seu governo, incluindo o vice-presidente Nicolás Maduro, e do exército, no palácio de Miraflores.
"Aí está o alto comando político, mas não o entrego, no entanto o delego e está em boas mãos (…) e o alto comando militar está em boas mãos. Assim, a República está em boas mãos", enfatizou.
"Só peço uma vez mais fortalecer a unidade (…) não ceder à intriga", completou.
O ato teve por objetivo a posse do ministro da Defesa, Diego Molero Bellavia, nomeado em 29 de outubro pelo presidente.
"A Força Armada é leal e incondicional com a revolução, com seu povo, com o que o senhor lidera", disse o ministro.
Assessores disseram que o líder socialista, estava otimista, apesar de tudo, ao viajar.
‘É claro que volto’ – "Eu acabei de dar um abraço sincero no comandante Chávez no [aeroporto] Maiquetia", disse seu ex-vice-presidente Elias Jaua. "Eu disse a ele ‘vá e volte’", acrescentou Jaua em sua conta no Twitter. "Ele disse: ‘É claro que eu volto, Elias’".
Chávez, que em 2002 sofreu um breve golpe de Estado, é comandante-em-chefe das Forças Armadas, declaradas "chavistas" neste ano, o que provocou críticas da oposição, que defende o papel apolítico do exército.
G1
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