João Pessoa, 09 de dezembro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou neste sábado (8) que vai se submeter a uma nova cirurgia contra o câncer em Cuba e advertiu para um cenário político no qual poderia não estar presente.
Em uma mudança de tom em relação a seu discurso habitual, Chávez pediu que, no caso de algo lhe acontecer, o povo venezuelano apoie o vice-presidente, Nicolás Maduro, como seu possível sucessor, caso seja necessária uma nova eleição.
É a primeira vez que Chávez admite, publicamente, que a doença pode impedi-lo de seguir à frente do país, cerca de dois meses após sua reeleição.
A Constituição da Venezuela estabelece, que se ocorrer a falta absoluta de um presidente antes da posse, deverão ser realizadas novas eleições em um período de 30 dias e, enquanto isso, o presidente do Parlamento assumirá o cargo.
Se a falta ocorrer nos primeiros quatro anos de mandato, também serão convocadas eleições, mas o vice-presidente exercerá temporariamente o cargo.
"Nicolás Maduro não só nessa situação deve concluir como manda a constituição o período, mas minha opinião firme, plena como a lua cheia, irrevogável absoluta, total, é que nesse cenário que obrigaria a convocar eleições presidenciais vocês elejam Nicolás Maduro como presidente", disse Chávez em cadeia nacional, ao lado do próprio Maduro, após vários dias sem aparições públicas.
Chávez disse que o vice-presidente e há mais de seis anos chanceler da Venezuela "é um dos lideres jovens de maior capacidade para continuar (…) com sua mão firme, com seu olhar, com seu coração de homem do povo".
"Se como diz a Constituição se apresentasse alguma circunstância que a mim me desabilite para continuar à frente da Presidência", disse Chávez, Maduro deveria concluir o período atual, que termina em 10 de janeiro com a chegada do novo período presidencial para o qual Chávez foi eleito no dia 7 de outubro.
Chávez disse que "em qualquer circunstância se deve garantir o andamento da revolução bolivariana, o andamento vitorioso desta revolução e seguir construindo a via venezuelana ao socialismo".
G1
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