João Pessoa, 07 de dezembro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O governo da Argentina recorreu nesta sexta-feira (7) à Suprema Corte do país contra a prorrogação da medida cautelar pedida pelo Grupo Clarín contestando a constitucionalidade da Lei de Meios, determinada por um tribunal de apelações argentino nesta quinta-feira (6).
O recurso, denominado “per saltum”, foi feito por meio de advogados do Gabinete de Ministros, segundo o jornal argentino “Clarín”.
De acordo com a agência oficial “Télam”, foi pedido que o tribunal máximo do país suspenda de maneira imediata a aplicação do resultado desta quinta.
Também nesta sexta, a Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (Afsca) pediu à Corte que anule a medida cautelar. “Necessitamos urgentemente que a Corte coloque as coisas no lugar”, disse nesta sexta o chefe da autoridade, Martín Sabbatella.
A decisão do tribunal de apelações desta quinta impede a aplicação plena da lei "até que se dite a sentença definitiva da causa".
Há três anos, uma medida cautelar conseguida pelo grupo protela a aplicação da nova lei, o que irritou o governo, que batizou a data em que venceria a cautelar, nesta sexta (7), de "7D".
Repercussões – O presidente da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual da Argentina (Afsca), Martín Sabatella, disse nesta quinta que a decisão "é uma vergonha" e adiantou que o governo deveria recorrer à Suprema Corte.
A Lei de Meios estipula regras e limites para os grupos de mídia do país e é considerada "democratizadora" pelo governo da presidente Cristina Kirchner.
O grupo Clarín, que seria o mais afetado pela implantação da lei, vê a legislação como uma ameaça à independência da imprensa que não depende do governo.
Logo após a decisão, o Clarín, em comunicado, afirmou que vai continuar respeitando "a Constituição, a lei e as decisões da Justiça".
ENTREVISTA NA HORA H - 27/11/2024