João Pessoa, 19 de novembro de 2020 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Hoje, 19 de novembro de 2020, a partir das 17h, será o lançamento do meu primeiro livro de crônicas intitulado Os ditos do quiçá. Vem com o selo da Arribaçã Editora, dos jornalistas e poetas Linaldo Guedes e Lenilson Oliveira. É uma editora genuinamente paraibana sediada na cidade de Cajazeiras, sertão da Paraíba, e nada fica a dever às grandes casas editoriais brasileiras.
Algumas pessoas queridas já escreveram sobre o livro e gostaria de compartilhar com vocês as impressões que elas tiveram sobre a obra. Começo por uma leitora “voraz e veraz” (no dizer do poeta Sérgio de Castro Pinto), advogada e agora estudante de nutrição Raiane Fernandes de Azevedo Cruz, que já leu o livro e assim se expressou nas redes sociais: “Saio dessa leitura com um caderninho cheio de anotações de referências para leituras futuras, artistas para ouvir e lugares pra visitar em João Pessoa, mas acima de tudo saio com um sorriso despertado pelas tiradas criativas, pelos trocadilhos inteligentes e pelas tiradas bem-humoradas de autor que tenho o prazer de conhecer. Adhailton Lacet é uma personalidade no nosso estado, muito conhecido por ser um homem culto, por sua vasta coleção de livros e discos, mas a qualidade que mais me chama a tenção é a sua generosidade. A leitura desse livro nos empresta memórias, nos dá conhecimentos e nos desperta”.
Tive grande alegria em ter sido lido pelos veteranos que fazem o jornalismo e cultura paraibana, a exemplo do professor, jornalista, poeta e escritor Welligton Pereira, que em texto a mim dedicado assim discorreu: “A percepção do real é ampliada pelas lentes das metáforas e a ficção nada mais é que a dobra leibnitziana da realidade. Corta na carne cotidiana a verossimilhança, mostrando seres e objetos em paralaxe – no segredo granulado das lentes da fenomenologia do mundo da vida. O cronista não quer controlar a complexa pessoalidade das personagens, mas verificar o átomo que as movem no espaço sem determinismos sociais. Ser cronista não é ofício. É arte”.
Consagrado nacionalmente, professor de literatura e crítico literário, o festejado poeta paraibano e imortal da Academia Paraibana de Letras Sérgio de Castro Pinto, em artigo publicado no jornal A União (23.10.2020), vaticina que “Os ditos do Quiçá é quase todo sobre autores e livros, que Adhailton os possui a mancheia e em tal quantidade que eles, os livros, já tramam mover uma ação de despejo contra o bibliófilo, o escritor e o juiz. Pois bem. Neste volume, Adhailton escreve com conhecimento de causa e propriedade sobre muitos autores… Mas além do Adhailton observador do gabinete, da biblioteca, do que palmilha e compulsa as vertentes livrescas à sombra das estantes acesas, existe o Adhailton que sai à rua a propaga o cotidiano do Varadouro, microcosmo de uma João Pessoa que, de tão pequena, ‘cabia inteirinha num só olhar’. No caso, no olhar do menino Adhailton que açambarcava a Ponte do Baralho, a Praça da Pedra, as águas encarapeladas do rio Sanhauá, o manguezal, enfim, muitos outros acidentes geográficos, pessoas e coisas, já intuindo, quem sabe, que ‘tudo acontece para terminar em livro’, mais exatamente nesse Os Ditos do Quiçá, de leitura tão prazerosa”.
Para finalizar, trago à luz trechos da crônica publicada no jornal A União (04.11.2020) do também imortal da APL, decano do jornalismo paraibano e nosso maior cronista Gonzaga Rodrigues, onde diz que “Há uma singularidade nesse livro de província. A temática, os personagens são tratados de um ponto de vista aberto a todos os pontos de vista. Sai da Praça da Pedra e não encabula em qualquer outra praça, em qualquer mão ou lugar fazendo-se casa… não se consegue anular fronteiras desse gênero sem uma grande e profunda experiência de humanidade adquirida na literatura… O doutor Lacet não sabe o bem que me fez, recolhendo em livro o que não pude acompanhar no jornal diário”.
O livro Os ditos do quiçá tem prefácio de Hermance Gomes Pereira, também cronista, jornalista e magistrado atuante que disse que “Tudo vita mote e ganha contornos de arte nas mãos de quem sabe trabalhar a matéria bruta”. Já as orelhas do livro é do competente jornalista Kubitschek Pinheiro que encerra escrevendo que “Talvez o autor seja um escravo voluntário da palavra. Isto está no livro de Lacet. Isso é Lacet, um homem que consegue desenhar textos curtos e eu festejo essa descoberta”.
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TURISMO - 19/12/2024