João Pessoa, 21 de novembro de 2020 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Querido leitor, você sabia que mais de 70% (setenta por cento) dos atendimentos do Trauma decorreram de acidentes de motocicletas, segundo dados que me foram passados relativos ao ano passado? Também ano passado o Brasil completou a espantosa marca de 2.500.000 de inválidos (isso mesmo, dois milhões e meio), contados os últimos dez anos, em consequência desses acidentes de motos.
O leitor não precisa ir longe nem esperar muito tempo para entender a origem desses dados. Saia à rua e observe como os motoboys (foto) conduzem suas motocicletas. Comportam-se como se os automóveis fossem inimigos a serem vencidos, algumas vezes a qualquer custo.
Saracoteiam e fazem manobras arriscadíssimas, o mais das vezes imprensando-se entre os carros nos sinais fechados. Nesses momentos as manetas das motos passam a milímetros das laterais dos veículos, algumas vezes arranhando os carros. Isso é o de menos. Na irresponsável velocidade que desenvolvem reside o maior perigo, cuja consequência é a terrível estatística aqui divulgada.
É muito importante que você saiba que a conta da irresponsabilidade deles é paga por você, leitor/contribuinte. São nossos impostos que vão custear pelo resto da vida a invalidez dos motoboys, obviamente lamentável, porém nem por isso menos reprovável em sua origem. Igualmente é a quase criminosa forma de pilotarem que lota os hospitais (mais uma vez financiados com nossos impostos) a ponto de não sobrarem vagas para parentes nossos em casos de urgência.
Nem vou tocar aqui na covardia dos políticos que não criam leis mais severas para coibir esses absurdos, porque todos sabem a razão; motoboys são muito unidos e votam em quem os protege, tornando deputados e senadores cúmplices desse abuso.
O que me move é tão somente começar um movimento nacional que obrigue os irresponsáveis motoboys a pagarem pela sua internação ou ao menos custear parte da sua invalidez, começando pela venda imediata de sua moto ( uma vez comprovada a culpa do condutor no acidente) para bancar as despesas, e com isso redirecionando os impostos que pagamos para algo mais importante à sociedade.
Basta de omissão!
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TURISMO - 19/12/2024