João Pessoa, 24 de novembro de 2020 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Depois que um desabamento nas falésias da praia de Pipa (no Rio Grande do Norte, muito visitada por paraibanos), que tirou a vida de três pessoas na terça-feira (17) e a noticia correu o mundo, o geógrafo e professor do UNIESP Williams Guimarães alertou para os perigos do mesmo tipo de acidente nas falésias do Cabo Branco, na região metropolitana de João Pessoa. No caso do Rio Grande do Norte, um casal e uma criança estavam na parte de baixo de uma falésia, quando parte de sua estrutura caiu e os soterrou.
O professor Williams coordena um projeto de iniciação científica que monitora a erosão costeira na Falésia do Cabo Branco, localizada junta a diversos pontos turísticos de João Pessoa, como o Farol do Cabo Branco e a Estação do Cabo Branco.
Williams informa que tanto a paisagem paraibana quanto a do Rio Grande do Norte estão em condições parecidas, e pode trazer riscos a turistas e moradores da região. “A orla paraibana existe algumas falésias ao longo do seu litoral. Em se tratando de região metropolitana a mais conhecida é a Falésia do Cabo Branco e, pôr está localizada nessa região o fluxo de pessoas normalmente é intenso. Sendo assim as condições são semelhantes às da Falésia de Pipa, pois a geologia é a mesma, ou seja, sedimentar da formação Barreiras. O risco de acidentes nessas áreas é eminente, pois falésias “vivas”, ou seja, aquele que tem contato direto com o mar sofre constantemente erosão”, explicou.
O professor lembra que a erosão das falésias não se deve somente à ação do mar, mas também está associada a infiltração de água no solo em períodos de chuva, supressão da vegetação e o solo impermeabilizado dos trechos com asfalto. Nas áreas com mais riscos, existem placas que sinalizam sobre os perigos de acidentes. Quem visita os locais deve ficar atento aos cuidados necessários, como evitar ficar muito próximo da beirada do topo das falésias ou do sopé.
Um meio de buscar mais informações sobre os riscos é através do site da Prefeitura Municipal de João Pessoa. “Geralmente são essas medidas que o poder público toma para repassar informações à população e sempre ficar atento as placas de sinalização. Como se trata de uma área que representa risco a integridade física dos usuários é sempre bom fica em alerta constante, evitando se aproxima muito do seu topo e do seu sopé”, afirmou.
Não é de hoje que as falésias do Cabo Branco andam a perigo. O saudoso ativista e artista plástico Hermano José, fez em vida diversas denúncias e deixou registradas em suas obras.
Para a reitora do Uniesp, professora Erika Marques, as informações do professor Williams Guimarães são pertinentes e esclarecem bem o alerta para as pessoas que tenham mais cuidado. “Nosso geógrafo Williams Guimarães é uma sumidade e com suas informações ampliam o leque para que os paraibanos ou visitantes tenham um cuidado redobrado”.
A mantenedora do Uniesp, professora Graça Holanda Colaço, observa a importância da orientação do professor Williams Guimarães. “Nós somos um Centro Universitário que se preocupa que todos os segmentos da sociedade, trabalhamos juntos para melhor oferecer e esclarecer sobre esse fato e outros ligados que são do interesse da população”, argumentou.
Kubitschek Pinheiro – MaisPB
TURISMO - 19/12/2024