João Pessoa, 05 de dezembro de 2020 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Quando vocês lerem essas mal traçadas estarei emburacando no meu maior sonho, completar 80 anos do mesmo jeitinho que estou hoje; lucido, anarquista, descompromissado com conveniências sociais, cheio de amigos e pleno de saudades dos que se foram. Nem penso mais no que já fiz. Quero é fazer mais. Mais amigos, mais histórias, torcer para que Deus faça com que aquelas pessoas que se julgam muito importantes (os tais que limitam suas felicidades às conveniências) entendam que é muito melhor ser um pouco feliz todo dia do que morrer esperando pela grande felicidade. O máximo que conseguirão será uma rua ou praça com seu nome, para que os motoristas de taxi e Uber as “rebatizem” com apelidos jocosos. Os mais importantes serão esquecidos do mesmíssimo jeito que o mais simples dos mortais, tendo perdido tempo ao cultivar essa importância ou, pior ainda, juntando fortunas que seus netos, graças a Deus, irão torrar nas três coisas mais prazerosas que existem; começo de namoro, sexo e aquela sensação incrível que temos ao final de um bom exercício físico.
Mesmo aqueles poderosos que tinham legiões de amigos e fãs são esquecidos. Um exemplo bem simples é o casal Wilson e Lucia Braga. Menos de seis meses depois de seus falecimentos garanto que quase ninguém pensou neles ultimamente. É assim mesmo, é da humanidade seguir em frente. Portanto, continuo convencido de que estou certo quando acordo toda manhã com um único objetivo, me divertir e ser feliz. Quero lá saber de comprar um imóvel, disputar um cargo… .
Quando aquele meu colega musico John Lennon (foto)era criança, aprendeu com sua mãe que a felicidade era a chave para a vida. Posteriormente entrou na escola e lá a professora perguntou a todos da classe o que queriam ser quando crescessem. John respondeu que queria ser feliz. A “tia” disse que ele não entendera a pergunta. Ele retrucou dizendo que ela é que não entendia a vida.
Isso aí. Meu presente de aniversário é o desejo de que vocês não esperem a velhice proibitiva, o abandono de filhos e netos ou enfermidades graves para só então descobrirem (como já disse antes) que ser feliz todo dia, mesmo que só um pouquinho e por um curto espaço de tempo, é o maior presente que Deus nos dá.
E lembrem sempre que raiva não é para ter; raiva é pra fazer.
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OPINIÃO - 22/11/2024