João Pessoa, 10 de junho de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
No dia 24 passado, a Coluna registrou a história de um paciente que procurou o Hospital Edson Ramalho para se curar de fortes dores no corpo e febre e de lá saiu sem a cura, detido, levado a uma delegacia – porque reclamou e gravou em vídeo a falta de atendimento – e com a sensação de que a saúde virou mesmo “caso de polícia”.
O ocorrido virou boletim de ocorrência, denúncia e abertura de sindicância. A resposta do diretor executivo do Hospital, coronel Thaelman Dias, chegou só no último dia quatro. O militar começa registrando que a unidade atende 500 pacientes por dia na urgência, faz 150 cirurgias/mês, cerca de 250 partos e consultas em dez especialidades.
“Com o volume enorme desses atendimentos, imagina a grande quantidade de pessoas que passam pelos nossos corredores diariamente, sem que haja nenhuma queixa dessa natureza. Por este motivo, me causou estranheza quando recebi esse jovem e o mesmo me relatou o ocorrido. Quando verifiquei o sistema de câmeras, observei que foi preciso cinco homens para dominá-lo”, historia.
E instiga: “Você sendo um jornalista inteligente e experiente, haverá de concordar comigo, que um paciente que chega doente em uma Unidade Hospitalar, procurando atendimento sem causar nenhum transtorno, nem tumulto, possa ser dominado por cinco homens, algemado e conduzido a uma Delegacia sem ter feito nada.
Apesar de adiantar sua impressão sobre o caso, o coronel informa que o fato – considerado um fato isolado – “está sendo apurado por um Oficial de tropa (que não pertence aos Quadros de Oficiais de Saúde) e os culpados serão responsabilizados, ou funcionários, ou o próprio queixoso, se for constatado o desacato”.
Versão…–
É importante que o coronel saiba que o episódio só aconteceu porque o paciente – para mim a vítima – decidiu apelar por atendimento que não vinha, apesar de sucessivas promessas de que o “médico estava chegando”.
Da vítima–
Doente e impaciente, de pedir ele passou a exigir o seu direito e gravar via celular sua sina por um socorro, momento em que a assistente social teria se sentindo coagida e chamado seguranças para tomar o aparelho.
Atendimento e diálogo; remédios que faltaram–
Daí em diante, o que era pra ter sido resolvido com diálogo virou uma sessão deprimente onde cinco seguranças imobilizaram e tomaram o celular do paciente, algemaram-lhe e o levaram até a delegacia como deliquente, cujo crime foi ter se indignado por ser cidadão e não ter direito a atendimento ágil e eficiente, quase dois ‘palavrões’ no serviço público de saúde.
Torcida–
Num descontraído vôo Brasília/João Pessoa, o senador Cássio Cunha Lima foi surpreendido com estímulo à candidatura da parte de dois emblemáticos deputados do PMDB: Gervásio Filho e até, creiam, Benjamim Maranhão.
Calorias–
De passagem pela Paraíba, o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, com silhueta bem acima dos padrões, ficou encantado com a culinária local e não esboçou nenhuma resistência para provar de tudo que lhe ofereceram.
Sabores da visita–
Após o encontro do PSD sexta, ele almoçou no restaurante Canyon de Coqueirinho, especialista em frutos do mar. “Comi de tudo lá”, brincou. No jantar, se refestelou com a carne de sol do Bar do Cuscuz, em Campina Grande.
Opções–
Na abertura do “Maior São João do Mundo” houve quem fizesse uma observação no palco principal. Enquanto o deputado Ruy Carneiro (PSDB) participa da festa popular, o senador Cícero Lucena (PSDB) faz turismo em Cuba.
Reparo
O adjunto Moacir Rodrigues ligou para o colega e secretário de Interiorização, Carlos Antônio (DEM), para minimizar o mal-estar causado pela “falha” de sua assessoria que distribui releases tratando-o como “titular” da pasta.
Adiada–
Uma crise de sinusite tirou o governador Ricardo Coutinho da abertura do São João de Campina. Ele pediu desculpas ao prefeito Romero Rodrigues e a Cássio e adiou a presença para hoje na estréia do Salão do Artesanato.
Frontstage–
Adversários de Romero reclamaram a privatização de um espaço para vips próximo ao palco do São João. “É coisa de quem não tem o que fazer”, reagiu Romero, explicando: o espaço é lateral e não impede visão e acesso do público.
Levitando–
“Superou minha expectativa”. Do vice-governador Rômulo Gouveia ainda contabilizando os louros do Encontro Estadual do PSD. O ‘gordinho’ saiu maneiro depois dos estímulos de vereadores, prefeitos e lideranças.
Sombra–
Aliados do vereador Bira Pereira (PSB) dizem que o afastamento dele de Agra e a aproximação a Cartaxo é uma questão de sobrevivência. “Ele deu a cara a tapa e só teve direito de indicar um adjunto. Enquanto Agra…”.
Sonho–
Ex-prefeito de Sousa, Fábio Tyrone, ainda no PTB, cogita filiação ao PSDB. No público e na sua terra natal, o empresário ventila candidatura a deputado federal. No privado, sonha mesmo em postular uma suplência de senador.
PINGO QUENTE–“Quem faz política tem que estar aberto ao diálogo”. Do senador Cícero Lucena (PSDB) sobre a postura de não fechar, completamente, portas ao entendimento com o PSB de Ricardo Coutinho.
*Reprodução do Correio da Paraíba, edição de domingo 09/06/2013
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OPINIÃO - 22/11/2024