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Antônio Colaço Martins Filho é chanceler do Centro Universitário Fametro – UNIFAMETRO (CE). Diretor Executivo de Ensino do Centro Universitário UNIESP (PB). Doutor em Ciências Jurídicas Gerais pela Universidade do Minho – UMINHO (Portugal), Mestre em Ciências Jurídico-Filosóficas pela Faculdade de Direito da Universidade do Porto (Portugal), Graduado em Direito pela Universidade Federal do Ceará. Autor das obras: “Da Comissão Nacional da Verdade: incidências epistemiológicas”; “Direitos Sociais: uma década de justiciabilidade no STF”. E-mail: [email protected]

Por um 2021 de luzes

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publicado em 04/01/2021 ás 06h20
atualizado em 05/01/2021 ás 11h36

Ainda em ares matinais, o ano de 2021 revigora o desejo dos jovens de conquistar independência financeira, evoluir na carreira profissional, abrir o próprio negócio. As demandas por transformação pessoal e profissional costumam incender os ânimos nesta época do ano.

Nas redes sociais, pululam ofertas educacionais para todos os gostos e bolsos. No contexto nacional da educação superior, as instituições que desenvolveram uma boa experiência online de ensino tendem a ganhar em market e sale share no ano novo.

Pressionadas a compensar as perdas com as anuidades de 2020, universidades como MIT, Harvard, Oxford e Stanford invadem os espaços das redes sociais e ofertam cursos online, híbridos e presenciais para um público habituado apenas às ofertas das instituições nacionais. Nesse sentido, a pandemia acelerou a globalização da oferta de cursos.

O quadro acima bosquejado se revela desafiador – sendo propositalmente eufemista – para as faculdades locais desvinculadas dos grandes grupos de educação. Ousamos consignar alguns passos – entre tantos outros que não citamos pela exiguidade do espaço e por desconhecimento – que julgamos úteis para nos adaptarmos ao novo contexto.

Primeiramente, convém suscitar, junto aos professores e funcionários, a reflexão acerca da transformação que o aluno busca. O que ele realmente espera da experiência universitária para além da letra fria do contrato de prestação de serviços educacionais? Networking, fazer amigos, superar dificuldades de aprendizagem, ingressar em uma nova carreira profissional?

Outro ponto que merece atenção do gestor educacional consiste na criação de estratégias para que o cliente colabore de forma natural e constante com o aperfeiçoamento do serviço prestado e com o desenvolvimento de novos serviços. Nesse sentido, as faculdades podem criar focus groups com líderes de turma, realizar pesquisas online e analisar dados de atendimento online e offline.

A nosso ver, os resultados dessas duas iniciativas devem influenciar as estratégias acadêmicas, comerciais e financeiras das instituições da livre iniciativa.

No ano novo, a esperança de transformar a própria vida se faz primaveril no seio universitário. Após um ano de provações, os anseios e as expectativas afloram nos corações estudantis, ávidos por novas luzes. Que o ano de 2021 seja soalheiro e acolhedor àqueles que buscam transmontar os próprios horizontes.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB